domingo, 29 de novembro de 2009

A patética esquerda sem povo

Fonte: Vi o Mundo
por Luiz Carlos Azenha

O episódio envolvendo César Benjamin, a Folha de S. Paulo e o "estupro" do frágil militante do MEP (Movimento de Emancipação do Proletariado) tem um caráter didático.

Antes de avançar, no entanto, recorro à memória de meu pai, o seo Azenha, que um dia foi militante comunista no interior de São Paulo. Era, o seo Azenha, a contradição ambulante: empresário durante o dia, militante clandestino durante a noite. Fez muita besteira na vida. Mas, curiosamente, como imigrante português tinha uma surpreendente capacidade de rir de suas próprias besteiras. E das dos outros.

Durante a ditadura militar o seo Azenha costumava frequentar reuniões clandestinas em um sítio nas proximidades de Bauru. Tinha a disciplina dos stalinistas (só tocou nesse assunto em casa muitos anos depois, quando a ditadura tinha acabado). Mas talvez por ter sido empresário tinha uma visão não dicotômica do mundo. Gostava de rir do fato de que os militantes que vinham de São Paulo traziam cartilhas com as quais pretendiam doutrinar os locais para aplicar o comunismo chinês ou soviético ao Brasil.

Esse preâmbulo tem o objetivo de dizer que seo Azenha, como militante, jamais tirou proveito pessoal do fato de ter sido preso pela ditadura militar. Jamais usou isso para se fazer de herói. Ou para obter vantagens, materiais ou de status.

O que me leva de volta ao artigo de César Benjamin, uma construção "literária" em que o autor tenta estabelecer uma conexão sentimental com os perseguidos pela ditadura militar, com o objetivo de "desclassificar" Lula, o recém-chegado que, no mínimo, grosseiramente despreza os militantes históricos como o jovem do MEP e, no extremo, estupra o idealismo do jovem militante com o seu pragmatismo.

Pois é disso que se trata: do antigo embate entre a vanguarda -- à qual César Benjamin alega pertencer -- e o povo, essa massa disforme que não sabe bem o que quer e que depende das luzes da vanguarda para perseguir o seu caminho.

O que Lula fez, na prática, foi "roubar" o povo de César Benjamin.

Eu deveria escrever O POVO, essa construção mítica da cabeça da esquerda, cujas vontades devem ser moldadas e apropriadas para a construção de um FUTURO igualmente mítico e glorioso.

O problema de Benjamin é que Lula é esse POVO. Ao dirigir os metalúrgicos do ABC, Lula fez mais para destruir a ditadura militar que todas as reuniões e assembléias da esquerda brasileiras multiplicadas por dez. Pelo simples fato de que o POVO, na cabeça da esquerda brasileira, nunca foi mais que massa de manobra. A esquerda brasileira é, na essência, tão elitista quanto a direita.

Lula, gostem ou não dele, representa a política do possível. Do incrementalismo -- etapismo, diriam os outros. Do tomaládácá. Faz parte da tradição do "pai dos pobres", do "pai da Pátria", perfeitamente integrada à história brasileira.

É por isso que Lula, o estuprador, satisfaz a fantasia sexual da esquerda e da direita brasileiras. Ele é o predador, que precisa ser contido a qualquer custo. O predador que ameaça a ideia de que O POVO não sabe o que quer e precisa ser conduzido ao nirvana pela vanguarda. De esquerda ou de direita, tanto faz. Este é o nexo entre Otávio Frias Filho e César Benjamin. Ambos querem conduzir O POVO. Só falta combinar com ele.

Nota do Viomundo: O fato concreto é que a esquerda de hoje é uma esquerda eleitoral. Que depende de 50% + 1 para se manter no poder, no Brasil, na Venezuela ou no Uruguai. Ao aceitar esse jogo parte da esquerda abdicou de seu caráter revolucionário "a qualquer custo".

Levante Sua Voz


Intervozes - Levante sua voz from Pedro Ekman on Vimeo.

Lula, O filho do Brasil

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Emir Sader: O sub-udenismo

do blog do Emir, em Carta Maior

Por mais diferentes que possam parecer as condições históricas, a polarização política atual se parece incrivelmente àquela de décadas atrás entre Getúlio e a oligarquia paulista. Alguns personagens são os mesmos – os Mesquitas, por exemplo -, outros se agregam a eles – os Frias, os Civitas -, os partidos tem outros nomes – PSDB no lugar da UDN; PSOL, no lugar da Esquerda Democrática; FHC no lugar de um udenista carioca, mas o xodó da direita paulista de então, Carlos Lacerda; intelectuais acadêmicos mudam de nome, mas repetem o mesmo papel.

O anti-getulismo era o mote central que aglutinava a direita e setores de esquerda que, confundidos, se somavam àquela frente. Na defesa da “liberdade” de imprensa, supostamente em risco, quando o monopólio era total – com exceção da Última Hora – em favor da oposição. Liberdade de educação, supostamente em risco, a educação privada, pelos avanços do “estatismo” getulista.

Em defesa do Estado, supostamente assaltado por sindicalistas e pelo partido do Getúlio – o PTB – e pelos sindicalistas, petebistas e comunistas. Excessiva tributação do Estado, populismo de aumentos regulares do salário mínimo. Denúncias de corrupção. Alianças internacionais com intuitos de abocanhar governos em toda a região, tendo Perón como aliado estratégico.

Era a polarização da guerra fria: democracia contra ditadura, liberdade contra totalitarismo. O Estadão se referia nos seus editoriais ao governo “petebo-castro-comunista”, quando falava do governo Jango, uma continuação do de Getúlio.

A Esquerda Democrática, que tinha surgido dentro da UDN, depois se abrigou no Partido Socialista, se opunha ferreamente à URSS (ao stalinismo), aos partidos comunistas e ao getulismo, como um bloco único. Era composta bascamente de intelectuais, os principais – como Antonio Cândido, Azis Simão, entre outros – fizeram autocrítica por terem finalmente ficado com a direita contra Getúlio.

O Partido Comunista, que em 1954 tinha ficado contra Getúlio, somando-se à oposição, teve que sentir a reação popular, quando os trabalhadores, assim que souberam do suicídio de Getúlio, se dirigiram em primeiro lugar à sede do jornal do PC, para atacá-lo. Um testemunho dramático revela os dilemas em que tinha se metido o PCB: Almino Afonso, extraordinário parlamentar da esquerda, ia se somar à marcha, apoiada pelos comunistas, contra Getúlio. Quando a marcha chegou ao Largo São Francisco, onde se somariam os estudantes, Almino se deu conta que a marcha era liderada pelas madames representantes da mais reacionária burguesia paulista. E, nesse momento, se perguntou, onde tinham se metido, com quem, que papel estavam jogando. E se deu conta que estavam do lado errado, com a direita, contra Getúlio.

Atualmente, o bloco opositor ao governo Lula está composto de forças as mais similares àquelas que se opunham a Getúlio. O governo Lula aparece sendo acusado de coisas muito similares: estatismo, impostos, sindicalistas, corrupção, apropriação do Estado para fins partidários, gastos excessivos com políticas sociais, alianças internacionais que distanciam o país da aliança com os EUA, favorecendo a lideres nacionalistas, etc.,etc. Então e agora, a oposição conta com a SIP – Sociedade Interamericana de Imprensa -, que pregou e apoiou a todos os golpes militares no continente.

Como agora, a frente direitista foi sempre derrotada pelo voto popular, a ponto que a UDN chego a pedir o “voto de qualidade”, com o pretexto de o voto de um médico ou de um engenheiro deveria valer mais do que o voto de um operário, no seu desespero de sentir que perdia o controle do país para uma coligação apoiada no voto popular.

Da mesma forma que depois da morte de Getúlio, se chocam o desenvolvimento e o “moralismo” privatizante da UDN, um projeto nacional e popular e o revanchismo de 1932, que pretende que a elite paulista é a locomotiva da nação, quando ela se apóia no trabalho dos milhões de trabalhadores superexplorados pelas grande empresas internacionalizadas, milhões de trabalhadores, entre os quais se encontram os retirantes do nordeste, que foram construir a grandeza de São Paulo.

O sub-udenismo atual – o primeiro como tragédia, o segundo como farsa - está tão fadado ao fracasso e a desaparecer de cena – FHC, Tasso Jereissatti, Bornhausen, Marco Maciel, Pedro Simon – como desapareceram seus antecessores, a começar por Carlos Lacerda – de que FHC é uma triste caricatura. Inclusive porque agora lhes falta um elemento essencial – poder bater nas portas dos quartéis, pelo que eram chamados de “vivandeiras de quartel”. Resta-lhes o traje escuro do luto, cor preferida de Lacerda e que cai tão bem em FHC – a cor do corvo, a ave de rapina, ave de mau agouro, a quem só resta ser Cassandra de um caos que souberam produzir, mas que foi superada exatamente pela sua derrota e seu fracasso. Sobre o seu cadáver se edifica o Brasil para todos.

domingo, 22 de novembro de 2009

O profundo ódio de classe no Brasil

Fonte: Vi o mundo
por Luiz Carlos Azenha

Francamente, acho estranho que um filme sobre a vida de um presidente da República consiga atrair tanto esculacho: é dramalhão, é tosco, é ruim.

Tudo indica que eu não vá ver, por não ter paciência com o tema. Mas começo a gostar do filme pelos críticos que ele atraiu!

"Lula, o filho do Brasil", é ficção roliudiana, se entendi bem. Apenas um filme. Qualquer semelhança com personagens da vida real é mera coincidência. Mas toca colocar repórter para investigar a relação de gente remotamente ligada ao filme e o governo. Logo vão descobrir algum carrinho de pipoca em que o pipoqueiro vende maconha e vão culpar o filme por isso. Vão dizer que "Lula, o Filho do Brasil", incentiva o tráfico de drogas. Que incentiva o subperonismo. Que provoca lavagem cerebral. Que incentiva a caspa e o chulé.

Eu sabia da existência do ódio de classe no Brasil. Mas nunca imaginei que poderia chegar a esse ponto. Eles não só odeiam o Lula. Eles odeiam qualquer coisa que passe perto do Lula. Não basta dizer que foi tudo sorte, foi tudo por acaso, que os oito anos de Lula foram apenas continuação de FHC, que Lula apenas esquentou a cadeira para José Serra. É preciso matar, salgar e enterrar. Se os pobres brasileiros odiassem os ricos tanto quanto os ricos odeiam os pobres, o Brasil viveria um banho de sangue. Em não sendo assim, ficamos restritos a este espetáculo de manifestações explícitas e implícitas de preconceito de classe.

O filme pode até ser ficção grotesca. Mas provocou algo mais grotesco ainda, por ser real e revelador. Essa gente precisa, urgentemente, de um divã.

Uma história épica: Irmãs negras

Fonte: Revista Forum

Por Leonardo Boff

A Casa Grande e a Senzala não foram apenas construções sociais e físicas, dividindo por um lado os brancos, donos do poder e por outro, os negros, feitos escravos. Com a abolição da escravatura exteriormente desapareceram. Mas continuam presentes na mentalidade dos brancos e das elites brasileiras. As hierarquizações, as desigualdades sociais e os preconceitos têm nesta estrutura dualista sua origem e permanente realimentação.

A vida religiosa que se insere neste caldo cultural reproduziu em suas relações internas o mesmo dualismo e as mesmas discriminações. Durante todo o tempo da Colônia os que possuíam "sangue sujo", quer dizer, os que eram negros, indígenas ou mestiços, não podiam ser padres nem religiosos. Além de puro racismo, típico da época, argumentava-se que eles jamais conseguiriam viver a castidade. Esta discriminação foi internalizada nestas populações desumanizadas a ponto de sequer pensarem em ser padres, religiosos ou religiosas.

As consequências perduram até os dias de hoje: a crônica falta de clero autóctone no Brasil. Pelo número de católicos, deveríamos ter pelo menos cem mil padres. Possuímos apenas 17 mil e muitos são ainda são estrangeiros.

Mesmo com a revitalização da Igreja brasileira através do processo de romanização inaugurada no final do século XIX com a vinda de congregações religiosas européias, as pessoas negras ou mestiças continuaram sistematicamente excluídas. Mas houve uma ruptura inauguradora. Em 1928 a Congregação das Missionárias de Jesus Crucificado, fundação genuinamente brasileira, de uma leiga piedosa Maria Villac, apoiada pelo bispo Dom Campos Barreto de Campinas, foi a primeira a abrir a porta de seus conventos a mulheres negras.

Mesmo assim, não escapou da influência da Casa Grande e da Senzala mental: houve a divisão clara entre as oblatas, irmãs negras ou de pouca instrução e as coristas, brancas e com instrução. Até o hábito era diferente, azul e branco para as coristas e preto para a oblatas. A missão destas que constituíam quase a metade da Congregação, era de servir às coristas, acompanhar seus trabalhos e assumir todas as tarefas domésticas de um convento, desde cozinhar, lavar a roupa até manter a horta e cuidar da criação de animais.

Por quarenta anos foi assim, até que se abriu a janela do aggiornamento do Concílio Vaticano II (1962-1965). Aboliram-se as divisões de tarefas, umas nos trabalhos manuais e outras na vida apostólica. Como comentou Dom Odilon, bispo de Santos: "acabou-se a escravidão na Congregação".

Esta história foi recentemente pesquisada e escrita pelas próprias religiosas negras sob a orientação segura do historiador Pe. José Oscar Beozzo com o título: "Tecendo memórias, gestando o futuro: história das Irmãs Negras e Indígenas das Missionárias de Jesus Crucificado" (Paulinas 2009).

Qual é a originalidade deste livro? É mostrar o lento despertar da consciência das irmãs negras, de sua identidade étnica, de seus valores específicos e de sua espiritualidade singular, feito de histórias de vida narradas por irmãs negras, histórias de chorar, tal o nível de discriminação e de humilhação.

Mas o que transparece não é amargura ou espírito de revanche. Ao contrário, é o de resgate da memória de tudo o que se aprendeu nessa penosa caminhada e do lançamento das bases para um futuro mais igualitário e respeitador das diferenças. Elas mostram que a identidade negra não precisa ser trágica, mas foi e pode ser épica: feita de uma sábia resistência e de um desabrochar lento mas seguro de seu próprio caminho de libertação. As religiosas negras emergem como verdadeiras heroínas e muitas delas com sinais inequívocos de santidade. Assim se supera uma visão miserabilista dos negros e negras e se realça sua inventividade, sua capacidade de ter alegria interior que se revela no riso e na festa, na música e na dança.

Esse livro vem preencher uma lacuna na historiografia negra na ótica da vida religiosa. Ele suscita admiração mais que compaixão, vontade de conquista mais do que resignação. Sua leitura nos edifica e nos faz humanamente mais solidários.

*Leonardo Boff é autor de Depois de 500 anos: que Brasil queremos. Editora Vozes, 2000.

sábado, 21 de novembro de 2009

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Racismo na Globo?

Ele refere-se à novela Viver a Vida, de Manoel Carlos.

por Chico Mendes

O que se viu ali foi a metáfora de tristes tempos: Uma negra com roupas que lembravam a vestimenta de escravas, cabelos desgrenhados, face sofrida com lágrimas a escorrer pelos olhos, ouvindo palavras fortes da Sinhá, da senhora de engenho, geralmente a senhora de engenho, branca como leite de cabra, era casada apenas para que o marido fosse aceito na sociedade. A sinhá não despertando mais desejo sexual no macho reprodutor fica isolada dentro de casa, sem precisar trabalhar. A agressora na novela não trabalha. Típica metáfora da senhora de engenho. O macho reprodutor não encontrando ali razões para desembestar sua libido vai à caça. E Helena aparece, não só ela mas e mais outras. A senhora de engenho, fria sexualmente pelo pudor que a conteve em seu casulo se revolta contra este mundo que se abre para seu macho, seu troféu. Nos tristes tempos, as senhoras de engenho sabendo que o macho reprodutor saira à procura do quente sexo se vingava e com um alicate arrancava os mamilos das escravas e também com cabo de vassoura rasgava seu ventre a partir da vagina ou ânus. Como os tristes tempos não podem vir em sua inteireza, era preciso que uma fatalidade irrompesse na vigança: e eis que a cena se apresenta. A escrava se ajoelha diante da senhora de engenho e convencida de estar culpada se prepara para ser violentada. Nos dias que se seguem à cena racista, o que se vê são capítulos dando mostras de que Helena está até mais satisfeita que Thereza. A Sinhazinha está em estado depressivo e causando pena. A filha dando chilique em virtude de seu real estado. Tudo isso provoca nos telespectadores suas escolhas, suas preferências. Inconsciente ou consciente. Thereza é heroína, a filha paraplégica(em substituição ao motivo sexual) é a desculpa e Helena, a criminosa. A semana só NÃO terminou pior porque um dia depois o Ali Kamel e sua Globo e seus milhares de telespectadores racistas foram derrotados pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que considerou o sistema de cotas raciais constitucional

Imprensa usa métodos da ditadura para censurar

Fonte: Cidadania.com




O vídeo acima mostra jornalistas de diversos veículos interrogando o público que compareceu à pré-estréia do filme sobre a vida de Lula. Repórteres se amontoaram sobre os presentes ao evento para discutir se a história de Lula pode render dividendos eleitorais ao próprio e à sua candidata à própria sucessão, a ministra Dilma Rousseff.

A impressão que se tem de matéria tão "peculiar", na qual o diretor do filme tem que explicar por que escolheu o tema, é a de que voltamos ao tempo da ditadura, quando a classe artística tinha que "explicar" conteúdo político em obras culturais. Só que, desta vez, não são os militares que pedem explicações, mas supostos "jornalistas".

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Corrupção Eleitoral na Eleição do PT em MG

Segundo informações, está ocorrendo algo novo nas eleições para Presidência Estadual no PT em MG. A mesma fonte revela que foram feitas mais de 8 mil filiações na cidade de Belo Horizonte, das quais mais de 6 mil foram anuladas.

Também foi revelado que o atual presidente do PT estadual (MG) está comprando votos para sua reeleição.

É uma notícia muito grave e que o Partido dos Trabalhadores precisa investigar, pois, revela crime eleitoral e corrupção.

Será que isso não está ocorrendo também nas eleições municipais onde muitos candidatos apoiam a reeleição do atual presidente estadual e estão compromissados com seus cargos conquistados nas eleições municipais em 2008?

O SURPREENDENTE LULA

FHC, o farol, o sociólogo, entende tanto de sociologia quanto o
governador de São Paulo, José Serra, entende de economia. ??.

Lula, que não entende de sociologia, levou 32 milhões de miseráveis e
pobres à condição de consumidores; que não entende de economia, pagou
as contas de FHC, zerou a dívida com o FMI e ainda empresta algum aos
ricos.

Lula, o “analfabeto”, que não entende de educação, criou mais escolas
e universidades que seus antecessores juntos, e ainda criou o PRÓ-UNI,
que leva o filho do pobre à universidade.

Lula, que não entende de finanças nem de contas públicas, elevou o
salário mínimo de 64 para mais de 200 dólares, e não quebrou a
previdência como queria FHC.

Lula, que não entende de psicologia, levantou o moral da nação e disse
que o Brasil está melhor que o mundo. Embora o “PIG” – Partido da
Imprensa Golpista, que entende de tudo, diga que não.

Lula, que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada,
reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o país
liderança mundial de combustíveis renováveis.

Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas mundiais e
colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser
respeitado e enterrou o G-8.

Lula, que não entende de política externa nem de conciliação, pois foi
sindicalista brucutu, mandou às favas a ALCA, olhou para os parceiros
do sul, especialmente para os vizinhos da América Latina, onde exerce
liderança absoluta sem ser imperialista. Tem fácil trânsito junto a
Chaves, Fidel, Obama, Evo etc. Bobo que é, cedeu a tudo e a todos.

Lula, que não entende de mulher nem de negro, colocou o primeiro negro
no Supremo (desmoralizado por brancos), uma mulher no cargo de
primeira ministra, e pode fazê-la sua sucessora.

Lula, que não entende de etiqueta, sentou ao lado da rainha e afrontou
nossa fidalguia branca de lentes azuis.

Lula, que não entende de desenvolvimento, nunca ouviu falar de Keynes,
criou o PAC, antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora de o
Estado investir, e hoje o PAC é um amortecedor da crise.

Lula, que não entende de crise, mandou baixar o IPI e levou a
indústria automobilística a bater recorde no trimestre.

Lula, que não entende de português nem de outra língua, tem fluência
entre os líderes mundiais, é respeitado e citado entre as pessoas mais
poderosas e influentes no mundo atual.

Lula, que não entende de respeito a seus pares, pois é um brucutu, já
tinha empatia e relação direta com Bush – notada até pela imprensa
americana – e agora tem a mesma empatia com Obama.

Lula, que não entende nada de sindicato, pois era apenas um agitador,
é amigo do tal John Sweeny e entra na Casa Branca com credencial de
negociador, lá, nos “States”.

Lula, que não entende de geografia, pois não sabe interpretar um mapa,
é ator da mudança geopolítica das Américas.

Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca
estará preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna
interlocutor universal.

Lula, que não entende nada de história, pois é apenas um locutor de
bravatas, faz história e será lembrado por um grande legado, dentro e
fora do Brasil.

Lula, que não entende nada de conflitos armados nem de guerra, pois é
um pacifista ingênuo, já é cotado pelos palestinos para dialogar com
Israel.

Lula, que não entende nada de nada, é melhor que todos os outros.

Pedro R. Lima, professor

São Paulo aplica pena de morte fora da lei

Estudo detalha violência extrema da polícia paulista. Organizadores do dossiê alertam que conclusões, porém, podem se estender para outras localidades brasileiras

por Renata Camargo, em Congresso em Foco

Dossiê elaborado por diversas entidades ligadas ao combate à violência no país revela que a polícia do estado de São Paulo pratica a pena de morte, ainda que esse tipo de condenação seja ilegal no Brasil. Embora o estudo tenha se concentrado na análise do comportamento da polícia paulista, os organizadores do dossiê alertam que as conclusões da pesquisa não representam uma realidade apenas de São Paulo. Como explica a historiadora Angela Mendes de Almeida, do Observatório das Violências Policiais de São Paulo, boa parte das constatações apresentadas no mapa de extermínio de São Paulo pode ser estendida para outros estados brasileiros.

O estudo, denominado Mapas do Extermínio: execuções extrajudiciais e mortes pela omissão do estado de São Paulo, revela que a polícia paulista tem usado a força letal de forma arbitrária e que o grau de extermínio de civis no estado é superior aos níveis mundiais aceitáveis.

As organizações trazem dados oficiais e extra-oficiais sobre o extermínio de civis feito por policiais em chacinas, em execuções sumárias aplicadas por agentes em serviço e fora de serviço e em mortes misteriosas de pessoas que se encontram sob custódia do Estado. As vítimas dessa “pena de morte extrajudicial” são, em sua maioria, jovens entre 15 a 24 anos de idade, moradores das periferias de grandes cidades, afrodescendentes e pobres.

“Mesmo que não tenhamos legalmente a pena de morte no Brasil, os dados apresentados no dossiê demonstram que está instituída uma pena de morte extrajudicial. A chance de um civil ser morto por policiais em São Paulo é muito superior do que em Nova York, por exemplo. No Brasil, existe uma política de enfrentamento de uso da força, que não tenta apenas imobilizar o suspeito, e sim matar”, conclui uma das responsáveis pelo documento, Gorete Marques, da ACAT-Brasil (Ação dos Cristãos para a Abolição da Tortura).

Cenário

A situação verificada em São Paulo repete-se em outros estados, como o Rio de Janeiro, por exemplo. Angela relembra o episódio do helicóptero da Polícia Militar carioca derrubado por traficantes durante operação no Morro do Macaco em outubro deste ano. Na ocasião, dois atiradores de elite da PM foram mortos, após os tiros vindos do morro atingirem a hélice do helicóptero.

“A polícia do Rio passa de helicóptero no morro e atira para matar. Quando os tiros vêm de baixo para cima, é um escândalo. As nossas autoridades federais e estaduais chamam todas as pessoas que são mortas de bandidos. Mas a maior parte dos que morrem não é traficante, é simplesmente favelado. E, se for traficante, também não dever ser morto sumariamente, pois não existe pena de morte no Brasil”, alerta Angela.

O dossiê analisa dados de 2000 até o primeiro semestre de 2009, o que corresponde ao período de três gestões de governadores do estado de São Paulo. São apresentados dados de parte da gestão do ex-governador Mario Covas (PSDB) (1999-2001), todo o mandato do também governador tucano Geraldo Alckmin (de 2001 a 2006) e a atual gestão do governador tucano José Serra (a partir de janeiro de 2007).



Extermínio

No Brasil, a Constituição Federal proíbe a pena de morte (inciso XLVII, art. 5). Entre outros dados, o dossiê analisa a relação entre o número de civis mortos e civis feridos em ação policial e a quantidade de civis e policiais mortos. O documento faz um comparativo entre informações envolvendo ações policiais nas cidades de São Paulo e Nova York (Estados Unidos).

De acordo com informações da Uniform Crime Reports e NY Law Enforcement Agency, em 2002, 12 civis e dois agentes de polícia foram mortos em ações policiais em Nova York. Naquele mesmo ano, segundo dados da Secretaria de Segurança do estado de São Paulo, 610 civis e 59 policiais foram mortos em ações da polícia na capital paulista.

“A polícia no Brasil mata muito mais do que as de outros países. O Estado brasileiro utiliza um sistema de extermínio. As polícias são ensinadas a matar e tomam gosto por matar. Mas não é para matar qualquer um, é para matar na periferia”, afirma Angela. “O Estado brasileiro deveria assumir que ele mata, manda matar e deixa matar. E o Judiciário sanciona isso, arquivando os processos que começam a andar”, acusa.

O documento também revela a relação entre pessoas mortas e feridas em ações policiais. Enquanto em Nova York, 12 civis foram mortos e 25 foram feridos em 2002, em São Paulo no mesmo ano morreram 610 civis e 420 ficaram feridos. De acordo com o estudo, essa proporção sugere que o comando da segurança pública tem incentivado uma postura mais agressiva da polícia na abordagem de civis.

“Há uma pena de morte não oficial instaurada. A maior parte desses crimes são crimes misteriosos e que envolvem morte de jovens. A juventude está sendo ameaçada. 63% das pessoas que estão na prisão têm de 18 a 28 anos. O que falta efetivamente aos governantes estaduais é fazer políticas para a juventude”, avalia o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias na Câmara, deputado Luiz Couto (PT-PB).

Aqui, a íntegra do dossiê Mapas do extermínio no estado de São Paulo

Procura-se Um Redator

Algo estranho acontece na Cidade das Rosas onde não se encontram Rosas.
Pelo que se sabe um funcionário da Câmara dos Vereadores tinha a única incunbência de redigir as atas das sessões do legislativo.
No entanto, as atas dos últimos dois anos não foram redigidas. Onde estava o servidor público que não fez seu trabalho, diga-se de passagem um trabalho bastante árduo.
Talvez, seria o caso do Presidente do legislativo rever a carga horária deste servidor, a câmara tem duas reuniões por semana e em todas as sessões há muitas deliberações e, isso acabam esgotando o único servidor responsável por este serviço.
Deixe aqui seu apoio a uma carga horária de trabalho mais justa para esses servidores.
Diga não ao trabalho escravo!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Eleição do Melhor Parlamentar

O site Congresso em Foco está realizando uma pesquisa para eleger o melhor parlamentar no Senado e Câmara. Entre no link e participe: eleja o melhor parlamentar na sua opinião.

Eleja o melhor parlamentar

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Expulsão de aluna por usar minivestido



A Universidade Bandeirante (Uniban) publicou anúncio nas edições deste domingo (8) de alguns dos principais jornais de São Paulo informando que a aluna do curso de turismo Geysi Villa Nova Arruda foi desligada “do quadro discente da instituição, em razão do flagrante desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade”.

Vox Populi: Dilma em ascensão, Serra em queda

Pesquisa do Vox Populi que acaba de ser divulgada pelo Jornal da Band mostra que José Serra lidera a corrida presidencial, seguido pela ministra Dilma Rousseff.

Serra passou de 40% para 36%.

Dilma passou de 15% para 19%.

Ciro passou de 12% para 13%.

Marina passou de 5% para 3%.

Heloisa Helena, incluída nessa pesquisa, apareceu com 6%.

A taxa de rejeição de Serra é de 11%, a de Dilma está em 12%.

Dos entrevistados, 55% estão longe de se decidir em quem vão votar.

A taxa de aprovação do presidente Lula passou de 65% para 68%.

A margem de erro é de + ou - 2,4%.


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The Closet thing to Crazy



Tradução
Como posso eu pensar que sou forte e segura,
Se sinto o ar sob os meus pés,
Como pode a felicidade parecer tão errada?
Como pode a miséria parecer tão doce?

Como você pode me deixar te ver dormir?
Então quebrar meus sonhos do jeito que você faz
Por que eu tenho que ir tão no fundo?
Por que eu tive que me apaixonar por você?

Refrão
Isso é mais perto da loucura que eu já cheguei
Tendo 22, e agindo como 17
Isso é o mais próximo da loucura que eu percebo
Eu nunca fui louca... sozinha
E agora eu sei que há um elo entre duas pessoas
Estando perto da loucura, e estando perto de você

Como você pode me fazer desmanchar?
E quebrar minha queda com mentiras de amor
É tão fácil quebrar um coração
É tão fácil fechar seus olhos

Como você pode me tratar como uma criança?
Como uma criança eu suspiro por você
Como alguém se sentir tão selvagem?
Como alguém pode se sentir tão triste?

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Crime de racismo?

Uma médica, pelo que tudo indica, cometeu crime de racismo contra um funcionário de uma empresa aérea, em aeroporto de Aracajú, Sergipe.

Como prevê a lei, é crime inanfiançável. Porém, o delegado apenas registrou um termo declaratório, e alegou não ter certeza das ofensas.

Até quando o corporativismo e o poder econômico vai continuar passando por cima das leis?

Assista ao vídeo 1 aqui.

Após o vídeo da "suposta" agressão, segundo o delegado que não quis gravar entrevista, ter repercussão nacional, a médica se recusou a falar sobre o ocorrido.

Assista ao vídeo 2 aqui.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

SERRA zera investimentos para a educação em 2010

Fonte:www.redebrasilatual.com.br
Orçamento de Serra para 2010 prevê investimentos zero em Educação e cortes nas áreas da Saúde, Habitação e Saneamento.

A proposta orçamentária que o governador José Serra enviou para a assembléia prevê corte de 35% dos investimentos na área da Saúde e zera os investimentos em Educação. Essas duas áreas vão contar com apenas investimentos do Governo Federal no estado de São Paulo.

O governo do estado prevê para 2010 um crescimento do PIB paulista de 3,5%, enquanto que o presidente do Bradesco prevê um crescimento do PIB brasileiro de 5,7%.
Dos R$ 449 milhões previstos para a saúde, R$ 306,5 milhões , 68%, virão investidos do Governo Federal. Obras como construção ou ampliação de hospitais, compras de equipamentos e materiais permanentes ficarão inviabilizados.

Na Educação só haverá investimentos do Governo Federal que serão da ordem de R$500 milhões.

A Administração Penitenciária o corte será de R$ 194,3 milhões, 55% a menos de verbas estaduais. Mas, vai contar com R$ 77 milhões do Governo Federal.

O Centro Paula Souza, responsável pelo Ensino Técnico no Estado terá um corte de 50% nos investimentos.

As projeções prevêem cortes de:
- R$ 990 milhões dos recursos do Departamento de Estradas e Rodagens (DER);
- R$ 20 milhões da Polícia Civil (custeio);
- R$ 60 milhões da Secretaria de Habitação;
- R$ 65 milhões da CETESB;
- R$ 47 milhões do Instituto de Pesquisas Tecnológicas(IPT).

O pagamento de dívidas terá uma retração de 5,4% em 2010.

Os municípios também perderão com o corte nas verbas para o transporte escolar, estradas vicinais, planos de desenvolvimento sustentável e instalações da polícia civil.

A s Empresas estatais SABESP, CDHU e o Porto de São Sebastião também perderão. Porém, o mais grave é a redução de 38% na urbanização de favelas, 38,4% no tratamento de esgotos coletados e de 10,6% na coleta de esgotos.

O Governo de São Paulo depende cada vez mais dos recursos do Governo Federal e de empréstimos para financiar investimentos. Enquanto os recursos do estado caíram, os recursos federais cresceram 84,9% e os empréstimos 52,5%.

No entanto, os recursos com publicidade do governo estadual, sem incluir as empresas estatais, cresceram 400% em relação ao governo anterior. No último ano do Governo Alckmin foram gastos R$ 38,2 milhões, neste ano o Governo gastou mais de R$ 200 milhões.

Recursos para passagens e despesas com locomoção (25%) e serviços de assessoria (12%) também terão orçamento maior.
OPS.: Esse é o modelo de gestão eficiente dos tucanos.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

EUA fecham mais nove bancos em falência

Fonte: Novo Jornal

Foi o maior número de bancos fechados em um dia desde a piora da crise. Número de falências de bancos sobe para 115 Agência Estado

As autoridades regulatórias fecharam nessa sexta-feira (30) nove bancos, entre eles a unidade de Los Angeles do Banco Nacional da Califórnia, em falência por causa da crise econômica norte-americana.

Os bancos fechados pela Corporação Federal de Seguros de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês) na Califórnia, Illinois, Texas e Arizona eram divisões do FBOP, uma holding privada que ficam Oak Park, Illinois.

O U.S. Bank, de Minneapolis, uma divisão do US Bancorp, concordou em assumir os depósitos estimados em US$ 15,4 bilhões e os ativos de cerca de US$ 19,4 bilhões no final de setembro, segundo informou o FDIC. Os nove bancos tinham 153 unidades, que serão reabertos como filiais do U.S. Bank.

Este foi o maior número de bancos fechados pelo FDIC em apenas um dia desde o início da crise financeira no ano passado. Com estes casos, o número de falências de bancos norte-americanos sobe para 115.

De acordo com o FDIC, o fechamento destes bancos deve custar ao fundo cerca de 2,5 bilhões. A corporação federal e o U.S. Bank concordaram em ratear o prejuízo de US$ 14,4 bilhões.