sexta-feira, 27 de abril de 2012

A Nova Militância Petista e a Velha forma de Fazer Política da Direita


 No dia 22 o PT de Barbacena optou por manter a aliança com a prefeita Danuza Bias Fortes. Em um universo de mais de mil filiados, aproximadamente 400 estavam aptos a votar. Compareceram 92, destes, 68 optaram pela aliança. Seguindo a velha prática política da direita e lembrando a relação “Casa Grande e Senzala”, os defensores da manutenção da parceria passaram a buscar os filiados em suas casas para votar, incluindo neste até um assessor de um deputado federal petista. 

Este não é um quadro muito positivo para o PT que sempre criticou essas práticas da direita sem contar que mesmo com o transporte de filiados para votar, a participação foi inferior a 10% dos filiados. A cúpula do partido desejosa de poder parece não conseguir fazer uma avaliação do quadro.

O grupo defensor da aliança filiou um grande número de pessoas com o intuito de garantir seus interesses. Muitos são pessoas humildes. Por outro lado, houve um número de filiados mais jovens filhos e netos de representantes da velha direita conservadora que trouxeram em sua bagagem a arcaica prática política. Estes jovens passaram a integrar a cúpula do partido e a defender o poder pelo poder sem limites. Um sério risco para a democracia.

E para conseguir alcançar seus objetivos, começaram um trabalho para desprestigiar os antigos fundadores do partido contrários ao pensamento único, do poder pelo poder. Parece que o partido tem inovado e aprofundado métodos antes condenados. E setores do partido favorável à aliança, mas preocupados em manter sua influência no partido, partiram para o apoio a candidatura própria para obter maior poder para negociatas.

Na aliança em 2008, o discurso de campanha foi feita se comprometendo com o cancelamento da privatização dos serviços de água e esgoto que o prefeito anterior promoveu em alguns bairros. Passada a eleição, iniciou-se em 2009 um movimento de coletas de assinaturas da população, inclusive com a participação de alguns vereadores, visando o cancelamento da privatização. 

Passados os meses iniciais de 2009, não se sabe por que motivo criou-se um tabu e não se podia mais falar naquele assunto e aqueles que insistiam passaram a ser marginalizados quebrando-se a confiança entre os integrantes do partido e também em parte da população que se sentiu enganada.

Em pesquisas recentes, segundo defensores da aliança, a Prefeita amarga 40% de rejeição. E estão defendendo a unidade do partido para tentar reverter o quadro.

No entanto, seria necessário restabelecer a relação de confiança e que compromissos sejam cumpridos.

As lideranças partidárias passam por uma séria crise de credibilidade. Basta saber se querem ser líder realmente ou se continuará insistindo no modelo “Casa Grande e Senzala”. 

 Este espaço é permanentemente aberto ao democrático direito de resposta a todas as pessoas e instituições aqui citadas.

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