O Jornal Hoje em Dia tem feito seu dever de casa muito bem. Sempre em defesa das elites e do governo. Desde a greve do ano passado que vem tentando desmoralizar os Professores diante da sociedade, mas como não pode dizer a verdde porque estaria de encontro com a reivindicações dos Professores, então mentem.
Porém, mentira tem perna curta. A cada mentira contada, tem-se de contar outra para justificar anterior. A população já está desconfiada. E com toda razão. Com a desculpa de que está preocupado com os alunos e pais divulgam matérias e opiniões que na verdade atende aos interesses do governo.
Os alunos e pais sabem muito bem que o governo não investe o que deveria na educação. Que as propagandas são enganosas. E sabem também que para se ter uma educação de qualidade não basta manter os alunos nas escolas. Deve-se investir. E os Professores devem ser respeitados e valorizados. Não é isso que parece ser a preocupação do editorialista de um membro do PIG mineiro, o Jornal Hoje em Dia.
O mesmo alega que professores ainda não repôs a greve do ano passado e já começa outra. O PIGuento esqueceu de dizer que o governo ainda não cumpriu o acordo do pagamento dos dias parados. O PIGuento diz que os Professores estão aproveitando o feriadão (dias de paralisação) para ir a praia, viajar.
Este Jornaleco PIGuento deveria ter mais dignidade e respeito aos cidadãos. Através de ilações tenta induzir aos leitores a conclusões que interessa as elites e ao governo. Por que não mostra as provas? Isso é jornalismo rasteiro, sem moral.
Veja aqui o editorial do PIGuento, Hoje em Dia.
Educação em Minas: greve ou feriadão?
Do Hoje em Dia - 15/03/2012 - 07:18
A imagem do professor ficou arranhada na
quarta-feira (14). Nem bem os dias de aula perdidos foram repostos e
eles começaram uma nova greve. No ano passado, a qualidade do ensino
público em Minas Gerais ficou bastante comprometida com o excesso de
dias parados, que não são repostos de maneira digna. Alguns dias são no
sábado, os alunos perdem o ritmo e aqueles que se preparam para o
vestibular ou para as provas do Enem têm de buscar outra opção que não a
rede de ensino público, que deveria dar o exemplo.
Não se questiona aqui o salário do professor, que é baixo. Esse piso
nacional para os professores, de R$ 1.451,00 para uma carga horária de
40 horas semanais, é muito pequeno. A sociedade reconhece e a história
dos países desenvolvidos já demonstrou que o investimento na educação, a
começar pela remuneração dos mestres, faz a diferença. Um professor bem
remunerado, incentivado, feliz dentro da sala de aula, com certeza vai
conseguir transmitir a seus alunos os conhecimentos necessários que um
estudante deve ter no ensino fundamental. Pode fazer a diferença na
medida em que esse aluno não terá traumas em determinadas disciplinas
lecionadas por um professor mal-humorado. Essa desagradável experiência
emocional pode marcar uma criança por toda uma vida. Esse prejuízo é
enorme para uma nação.
Da mesma forma, exige-se dos professores e das suas lideranças mais
responsabilidade no trato com a greve. A paralisação das aulas não pode
se transformar em meio de vida. Por qualquer coisa, as salas ficam
vazias e ninguém é responsabilizado. O grevista vai para a praia e a
sala de aula fica vazia. As mães ficam sem condições de deixar a criança
em outro local para poder trabalhar. E os alunos, os maiores
prejudicados, se desmotivam.
A greve é legítima, mas é a última opção em uma negociação. Não a
primeira, com dessa de ontem, que pretende se estender até sexta-feira. É
um feriadão nacional para os professores, de quarta a domingo.
O piso nacional é lei e o gestor que não cumprir, que não fizer o seu
dever de casa, tem de prestar contas com a Justiça e com o Tribunal de
Contas. Não tem sentido uma greve nacional para exigir o pagamento do
mínimo em estados e municípios que já remuneram o professor até acima do
piso, que, repetimos, é muito baixo para um país que acaba de
ultrapassar o Reino Unido e ocupa hoje o posto de sexta economia do
mundo.
Em Belo Horizonte, a maior adesão ontem foi dos professores municipais. O
sindicato da categoria afirma que a greve reivindica o piso salarial de
R$ 1.451. Ora, em BH, o salário mínimo para professor é de R$ 1.676,03
para uma jornada semanal de 22 horas e 30 minutos. Um pouco mais que o
piso nacional.
A pergunta que não quer calar é: se a Prefeitura de Belo Horizonte paga
R$ 1.676,03 por 22 horas por que os professores estão fazendo greve para
ganhar R$ 1.451 por 40 horas semanais? Querem reduzir o salário? Como
se vê, essa greve não parece ser séria. Tem cara de feriadão.
Tags:
greve, professores, minas gerais, nacional, imagem, arranhada