A elite Internacional considera Aético Never como o melhor dos entreguistas e vendilhão da Pátria.
Brasileiros, reféns de uma mídia entreguista,
assistem desinformados a ingerência internacional na imposição do acordo entre
PT e PSDB
Marco Aurélio Carone
Nos últimos seis meses a população brasileira assiste a um grande espetáculo
midiático patrocinado pelo capital internacional, cujos atores regiamente
remunerados cumprem a risca o papel a eles atribuído. No palco, magistrados,
parquets, políticos, jornalistas e intelectuais na defesa dos interesses dos
grupos que servem.
Para aqueles que viveram o pré-64, um tormentoso Déjà vu.
A classe artística nacional que historicamente sempre esteve disposta a
denunciar este tipo de articulação encontra-se refém de patrocínios que
representam sua sobrevivência.
O único grupo político organizado detentor de poder capaz de resistir
encontra-se dividido, uma parte envergonhada diante da opinião pública, devido
à condenação de integrantes do partido pelo STF, a outra refém do acordo
celebrado.
A militância do PT assustada, a todo o momento indaga o porquê do
ex-presidente Lula estar apanhando publicamente sem reagir. Nos bastidores a
explicação; No intuito de manter a governabilidade do governo Dilma. Porém, a
verdadeira razão está no longínquo ano de 2006.
Cumprindo as regras do manual de sociologia, para realizar-se uma análise
imparcial é fundamental consultar o passado para entender com nitidez o
presente.
Em 2004, George H. W. Bush, pai de George W. Bush, em uma cerimônia na
“Spencer House”, casa do Lorde Rothschild em Londres, saudou Aécio Neves como o
futuro presidente do Brasil. Naquele momento Aécio ainda cumpria o segundo ano
de seu primeiro mandato de governador de Minas Gerais.
Dois anos depois, em 2006, ao contrário do esperado, Aécio nada faria para
ajudar o candidato à presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin.
Na época, diante da descrença da população desinformada e condicionada pela
grande mídia, encontramos um editorial do jornalista Jorge Serão afirmando:
“A eleição presidencial brasileira não será decidida pelos 125 milhões
913 mil 479 eleitores aptos a comparecer às urnas no domingo. O resultado do
pleito já foi resolvido, em acordos secretos, nos bastidores dos centros de
poder mundial, por grupos que governam o mundo de verdade. O Centro
Tricontinental (sediado na Bélgica), que representa a nobreza econômica
européia, investe na reeleição de Lula, no Brasil, e aposta em candidatos
ligados ao Foro de São Paulo, para governar os países da América Latina.
Em nome da divisão dos negócios globalizados, este pouco conhecido grupo
fechou um acordo com o Diálogo Interamericano (do qual o tucano FHC é membro, e
onde Lula da Silva é aceito) para que o governo do PT tivesse continuidade e
não fosse "derrubado" ou "impedido" pela pretensa oposição
tucana.
Outro grupo de poder ligado aos europeus, o CFR (Council on Foreign
Relations dos EUA), mediou com o “Foro de São Paulo”, organismo fundado pelo
PT, em 1990, que congrega as esquerdas do continente. No dia 18 de maio, em
Nova York, depois de um prato de talharim e um cafezinho, os tucanos digeriram
um acordo político-econômico de não-agressão entre o PSDB e o PT, caso se
confirmasse à reeleição do presidente Lula. Comprovando que, Geraldo Alckmin
entrara na disputa para perder. Sua chegada ao segundo turno foi um acidente
eleitoral”.
Reeleito governador de Minas Gerais em 2006, Aécio Neves, contrariando seu
próprio partido que pautava os assuntos a serem investigados pela CPI do
Mensalão, saiu publicamente em defesa da “governabilidade” do governo do
presidente Lula, como dito anteriormente, fora lançado à presidência, em
Londres, no dia 17 de junho de 2004, durante um jantar com a nobreza econômica
européia, do Centro Tricontinental e do Clube dos Bildelberg, no castelo dos
banqueiros Rothschild.
Dirigentes do Banco Itaú que por imposições internacionais se uniram em
novembro de 2008 ao grupo Moreira Sales, proprietários da CBMM que controla a
exploração e venda de Niobio, presenciaram o encontro secreto entre os tucanos
e os petistas. Tal pacto político-empresarial de intenções foi selado entre o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Aloízio Mercadante, nos
Estados Unidos.
O tratado político informal foi sacramentado pelo senador Tasso Jereissati e
pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Mas o acordo foi desenhado
pelo Centro Tricontinental e pelo Diálogo Interamericano. Os políticos
brasileiros apenas obedecem aos “parceiros” dos quais são dependentes.
A contrapartida ao esquema de não-agressão dos tucanos no segundo governo
Lula seria o apoio do governo federal a um mega-projeto de concessões e
parcerias público-privadas em rodovias, que movimentou R$ 30 bilhões. Tal
negócio foi montado pelo publicitário Paulo Henrique Cardoso, filho de FHC, que
fechou uma parceria com um poderoso grupo de empreiteiros canadenses.
Em troca das “privatizações” nas estradas, os tucanos apoiariam a reforma da
previdência que seria tocada por Luiz Gushiken, que vinha sendo elaborada desde
o primeiro governo FHC. Em 2002, a empresa do petista (na época, Gushiken
Associados, agora Global Previ) elaborou, para o Ministério da Previdência de
FHC, o livro “Regime Próprio de Previdência dos Servidores: Como Implementar
uma Visão Prática e Teórica”.
Os dois partidos, na questão previdenciária, defendem um modelo que favorece
o grande capital. O modelo previsto utilizaria os bilhões da máquina
arrecadadora da Previdência Social e os outros bilhões dos Fundos de Pensão de
Estatais. Tudo montado por sindicalistas ligados à “Articulação Bancária” e que
ocupou alto escalão do governo Lula, como Gushiken e Sérgio Rosa. Todos têm o
aval tecnocrático dos petistas e da equipe que serviu aos oito anos de FHC no
governo.
Patrocinados pelos banqueiros, que querem cuidar do lucrativo caixa da Previdência,
eles fabricam manobras técnicas que criam à impressão de que a previdência é
“deficitária”, quando não é.
Os gestores tucanos e os petistas que o sucederam trabalharam para provar
que o governo não tem competência para gerenciar a Previdência, cujos gastos
globais representam 8% do Produto Interno Bruto. Os dois lados patrocinam e
defendem a “incompetência do Estado”, por eles induzida e fabricada
artificialmente, como falsa evidência de que o governo não consegue inibir os
sonegadores e nem cobrar o que devem os maiores devedores da Previdência.
O Tribunal de Contas da União calcula que a sonegação anualmente atinge 30%
da presumível arrecadação previdenciária. Bate na casa de R$ 30 bilhões que
deixam de ser arrecadados.
Para resolver tal problema, tucanos e petistas têm a fórmula mágica.
Entregar o sistema para a gestão dos bancos, "mais competentes", e
que também vão cuidar da nova modelagem dos Fundos de Pensão de Estatais que o
governo atual não pode promover, em função da falta de condições políticas
geradas pelos escândalos do mensalão. Petistas e tucanos defendem uma
continuidade do regime de repartição (em que o trabalhador ativo paga a
aposentadoria do inativo), que prevalece hoje.
Mas os grandes bancos estão de olho no sistema de capitalização (em que cada
assalariado paga por sua própria aposentadoria no futuro). Apenas a transição
do sistema atual para o novo modelo movimentaria o equivalente a três PIBs: R$
3 trilhões e 300 bilhões de reais – segundo cálculos do Ipea (Instituto de Pesquisas
Econômicas Aplicadas do Ministério do Planejamento).
O ministério da Previdência estima uma movimentação um pouco menor, porém
expressiva: R$ 2 trilhões e 750 bilhões de reais. Os banqueiros querem
gerenciar o processo e lucrar cada vez mais. Mas quem vai pagar a conta é o
cidadão que é vítima da atual derrama tributária, que nos obriga a trabalhar
145 dias do ano só para pagar impostos.
Especialistas temem que a transição do modelo de “Repartição” para o de
“Capitalização” inviabilize as contas públicas do País, com a emissão
gigantesca de novos títulos e a expansão da dívida pública decorrente deste
processo. Os bancos – e seus ex-funcionários sindicalistas – vão sair ganhando
na operação. E isso é o que importa para eles.
O triunvirato tucano e o senador petista Mercadante (que concorreu, para
perder, ao governo de São Paulo) estiveram em Nova York, no dia 18 de maio de
2006, para participar da homenagem da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos
ao presidente da Vale do Rio Doce, Roger Agneli.
O acordo de negócios políticos foi sacramentado no luxuosíssimo Hotel
Waldorf Astoria, onde ocorreu a mega-festa. O candidato tucano ao governo de
São Paulo, José Serra - que também estava nos Estados Unidos (só que em
tratamento médico) - não participou dessa negociação com Mercadante, seu
adversário (combinado para perder) na corrida ao Palácio dos Bandeirantes. No
entanto, certamente, Serra tomou conhecimento de tudo.
Todos os envolvidos na estória têm explicações oficiais para sua estada em
Nova York. FHC e Tasso estavam lá para a homenagem a Agneli, da Vale. O
governador mineiro estava lá para assinar contratos para empréstimos de US$ 330
milhões junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco Mundial.
O então senador, hoje ministro, Mercadante participou de em evento do Banco
Itaú, ao qual esteve presente também FHC. Ambos podem ser vistos em uma foto
oficial na qual aparecem ao lado de Roberto Nishikawa, Alfredo Setúbal, Olavo
Setúbal, Roberto Setúbal, Alexandre Tombini e Candido Bracher.
Em 2010, o candidato dos controladores seria Aécio Neves, o que só não
ocorreu diante da intransigência de José Serra, que mantinha controle sobre o
PSDB. A divisão ocorrida no partido acabou por viabilizar a eleição de
Dilma, que teria sido escolhida para perder.
Com a vitória de Dilma, fruto de desentendimento do PSDB e da vontade
popular expressada nas urnas, devido a alta aceitação e prestigio político de
Lula, para o PT, o combinado estaria cumprido, a chance teria sido dada ao
PSDB. Porém os representantes dos interesses internacionais não têm o mesmo
entendimento.
Aécio Neves passou a ser visto como a solução dos problemas da Europa, Ásia
e dos Estados Unidos, sedentos de commodities principalmente na área mineral.
Sua docilidade na entrega das jazidas mineiras, aliadas a comprovada
eficiência na “negociação”, principalmente na área ambiental com o Ministério
Público Mineiro, que possibilitou a não rejeição ou atraso na implantação e
exploração mineral no Estado de Minas Gerais, nos últimos 10 anos passou a ser
motivo de amplo e caloroso debate internacional.
Não por outro motivo que o Procurador Geral de Justiça de Minas Gerais,
Alceu Torres, figura máxima do Ministério Público Mineiro, foi convidado a dar
palestra nos Estados Unidos sobre o “modelo participativo e compartilhado”
adotado em Minas Gerais nos licenciamentos ambientais, principalmente minerais.
Lula ensaia reagir, com o apoio da população procura arregimentar forças
para viabilizar sua ação, diante dos pesados ataques da mídia, patrocinada
pelos interesses econômicos internacionais. Enquanto isto, diante da simulada
cruzada contra a corrupção, Aécio Neves é apresentado com a solução. Porém a
realidade é outra, seu envolvimento nos escândalos, além de ser comprovado seu
entreguismo e subserviência aos interesses internacionais, assusta
principalmente àqueles que defendem a soberania nacional.
A família dos banqueiros Rothschild, que cumprem o papel de controladores
dos negócios da nobreza econômica européia (e que tem um projeto de exercer a
hegemonia sobre os Estados Unidos), tem um lema que define bem sua atuação
junto aos governos dos países do Terceiro Mundo:
“Let me issue and
control a nation's money, and I care not who writes its laws”.
Deixe-me emitir e controlar o dinheiro de uma nação, e eu não me importarei
com quem escreve suas leis.
Na opinião de
Novojornal é este jogo de interesses que a
mídia tem a obrigação de levar ao conhecimento do leitor, para que ele
conscientemente faça sua opção. Principalmente porque uma Nação tem que exercer
com independência sua “autodeterminação”, não estando sujeita nem refém de
acordos celebrados por uma elite comprovadamente perdulária e entreguista.
Ao contrário disto, o que vem ocorrendo na mídia é uma campanha maciça
simulando a desconstrução de um modelo, como se o que irá substituí-lo será
diferente.
Certamente que forças principalmente nacionalistas que não concordam com o
que está ocorrendo já se articula.
É ai que está o perigo de repetirmos 1964.
Todo o narrado encontra-se no documentário: O Jogo Final. The Bilderberg
Group (
assista).
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Professor e Editor-chefe, desde 2005,
do Alerta Total.
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Trilateral
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