quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Lavanderia Andréia e Aético Never

Do Novo Jornal


Projeto político de Aécio Neves quase derrete ou explode


Colocado à prova, Aécio mostra que sua atuação política depende da "cobertura" da imprensa. Discórdia causa atraso de recurso gerando insatisfação
 A correria da equipe de Aécio Neves no início desta semana, em Belo Horizonte, para sacar dinheiro vivo para pagar diversos veículos da mídia nacional acabou causando a paralisação das atividades da tesouraria do Banco Rural e BMG. Funcionários das instituições relatam que Andréa Neves comandou pessoalmente a operação que zerou a disponibilidade de moeda dos dois bancos.
O esquema que opera desde 1987 em Minas Gerais, dando cobertura a diversas operações irregulares, fato comprovado com a condenação dos dois presidentes das instituições bancárias, pelo visto conta com a cooperação do Banco Central. Inclusive o atual presidente do Banco Rural, João Heraldo, condenado em diversos processos, é oriundo da instituição. 
Mostrando que Minas Gerais é um Estado independente dentro da Federação, funcionários do Banco Rural e BMG informam que quantia não inferior a R$ 50 milhões teria sido sacada em um só dia sem que qualquer autoridade monetária interviesse. Informam ainda que recursos solicitados a custódia do Banco Central entraram apenas contabilmente na tesouraria, teriam seguido direto para o aeroporto da Pampulha.
Este é o final do incidente ocorrido em função da viagem de Aécio e de sua Irmã Andrea para o exterior, causando atraso no repasse de recursos para a mídia nacional que culminou com a publicação, em 2 de fevereiro, de uma crítica do jornalista Reinaldo Azevedo, na revista “Veja”, ao senador Aécio Neves;
“Aécio Neves (PSDB-MG), cotado para ser presidente do partido e apontado como candidato à Presidência da República, havia acenado com a possibilidade de fazer um discurso em defesa da candidatura de Taques. Discurso não houve. O senador se limitou, há alguns dias, a fazer uma espécie de convite-apelo a Renan para que retirasse a sua candidatura. O alagoano não topou, claro… O apoio ao opositor de Renan, no fim das contas, foi uma operação de marketing que acabou saindo pela culatra. Agora, resta  suspeita da farsa, do adesismo e da traição, tudo misturado. Se era para fazer esse papelão, melhor teria sido defender que a presidência coubesse à maior bancada e fim de papo. Melhor a sabujice franca do que a dissimulada”.
A grande imprensa nacional, além de repercutir tal crítica, não publicou uma linha na defesa de Aécio. Só após o pagamento, em 4 de fevereiro, que Reinaldo Azevedo publicou uma nota do Senador Aécio Neves apresentando sua versão. Segundo político da velha guarda, este fato comprova que a candidatura de Aécio Neves só existe devido ter se transformado em fonte de renda, conforme matéria de Novojornal, “Aécioduto. O novo grande negócio da mídia nacional”.
“Fora deste ambiente sua candidatura derrete ou explode”, conclui.
Nota da Redação:
Após publicação desta matéria, ao contrário do noticiado, fomos informados que o Banco Central - Belo Horizonte – determinou uma inspeção para analisar as operações citadas na matéria, ocorridas no Banco Rural e BMG.
Procurados pela reportagem do Novojornal, prometeram, para esta semana, uma nota esclarecendo o fato.
 


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