Primeiro foi a desocupação da reitoria da USP, depois a desocupação da cracolândia e por último a desocupação de Pinheirinho, um bairro que foi ocupado por pessoas sem moradias.
O governador Alckmin disse que apenas estava cumprindo uma determinação judicial, mas não cumpre também uma determinação judicial que determina seu governo a cumprir a lei federal do Piso Nacional do Professor.
A justiça na pessoa da juíza Márcia Loureiro determinou a desocupação, disse que estava cumprindo determinação constitucional, mas a justiça pode dar uma sentença que possa gerar violência e até mortes?
É justo os interesses de uma pessoa, Naji Nahas - um especulador financeiro e que segundo documentos da operação Satiagraha da polícia federal comprova que é credor de si mesmo no caso do terreno da empresa selecta, em detrimento do interesse de uma comunidade de mais de 6 mil pessoas?
E o maior absurdo: a reintegração de posse foi comandada por um desembargador, Rodrigo Capêz e quando concluída promoveram uma cerimônia a PM, a juíza Márcia Loureiro e o desembargador Rodrigo Capêz para a entrega da área numa demonstração de força e, talvez, quisesse passar um recado para a sociedade - Pobre aqui não é bem vindo.
Se realmente tivessem a intenção de defender a sociedade não seria o caso também de obrigar o poder executivo de dar moradias às pessoas desabrigadas? Porém, o que ocorreu é que foram jogadas em ginásios sem a menor infra-estrutura por alguns dias, depopis terão de sair e alugar uma casa com uma ajuda de R$500 durante seis meses e depois o que acontecerá com essas pessoas senhora juíza Márcia Loureiro e senhor juíz Rodrigo Capêz?