Francischini, o valentão, processa PHA. É a gloria !
Ele deve imaginar que o Brasil é o Espírito Santo do tempo em que ali serviu. E honrou a polícia de lá.
Ao lado de Daniel Dantas, Gilmar Mendes,
Padim Pade Cerra, Naji Nahas, Eduardo Cunha, Heraclito Fortes, Paulo
Preto, e no lugar do “Mr Big” (leia “em tempo”) da Privataria Tucana,
Ricardo Sergio de Oliveira, passa a fazer parte da “Galeria de Honra
Daniel Dantas” o mais novo expoente da oposição brasileira, o valentão
do PiG (*) na CPI da Veja, o policial tucano Francischini.
Este ansioso blogueiro informa, com incontido orgulho, que recebeu DUAS ações judiciais do notável tucano.
Uma delas foi processada pela Justiça do Paraná com a celeridade de um coelho em fuga.
O que fez lembrar aquela frase do jurista Pontes de Miranda: “existe a Justiça e a Justiça do Paraná”.
O
valentão do PiG (*), o membro da tropa de elite do PSDB no Congresso ao
lado do conterrâneo Álvaro Dias, o Catão dos Pinhais, merecerá aqui
neste ansioso blog uma objetiva cobertura de suas atividades
parlamentares e extra-parlamentares.
Além, é claro, da devida resposta nos tribunais adequados.
Ele deve imaginar que o Brasil é o Espírito Santo do tempo em que ali serviu.
E honrou a polícia de lá.
De forma inesquecível.
Como mostra essa reportagem do respeitado
SeculoDiario:
20/06/2011
Da Redação
No momento em que se discute a
federalização das investigações da morte do juiz Alexandre Martins de
Castro Filho – ou até mesmo a reabertura do caso, em âmbito local –, o
subsecretário de Segurança Pública na época, então delegado federal
Fernando Francischini, pouco esclareceu sobre o episódio em reportagem
publicada no jornal A Gazeta deste final de semana. Pelo contrário, as
contradições sobre os bastidores das apurações – passando pela saída do
cargo – e a atuação da “tropa de elite” do titular da pasta à época, o
atual deputado estadual Rodney Miranda (DEM), se somaram a outras
interrogações a respeito do crime, ocorrido há oito anos.
Eleito deputado federal pelo
PSDB paranaense e membro da Comissão de Segurança e Combate ao Crime
Organizado da Câmara dos Deputados, Francischini era um dos homens
fortes da cúpula da Segurança na época do crime. Na reportagem, o
delegado da Polícia Federal deu, pela primeira vez, a sua versão para a
saída do cargo – pouco depois do início das investigações da morte do
juiz Alexandre, de quem disse ter sido amigo.
Na época da queda, Francischini
fez insinuações de que “fatores externos” poderiam ter provocado sua
saída do governo Paulo Hartung. Agora ele revela que a saída se deu por
divergências com o então secretário Rodney Miranda – o que chamou de
“motivos administrativos” – durante a condução da fase inicial das
investigações.
Mas, ao invés de esclarecer os
pontos que hoje alimentam as especulações que podem levar à
federalização do caso, o deputado federal não indica quais divergências
teve com Rodney no início das apurações, já que ele endossa a mesma tese
abraçada pelo então secretário, de que houve mando no crime.
Francischini alega que defendia
uma linha de investigação mais ampla, dando vazão à tese de mando –
fazendo alusão à participação de elementos com laços de parentesco o
então governador do Estado, presentes na prisão de suspeitos pelo crime
-, porém, a linha passou a conflitar com a do “ex-amigo fraterno” Rodney
na ocasião. Para tanto, o ex-subsecretário acreditava em uma trama mais
avançada no crime, como a que, segundo ele, acabou se evidenciando ao
citar o envolvimento do juiz Leopoldo Teixeira, do coronel Ferreira e da
Scuderie Le Cocq.
Essa contradição é apenas uma
das que podem ser extraídas da entrevista do deputado federal. Somam-se a
ela outros episódios que envolviam a equipe de militares à disposição
da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), conhecida como a “tropa de
elite” de Rodney. Mesmo grupo que esteve envolvido na prisão de um dos
executores do juiz, Odessi Martins da Silva Júnior, o “Lumbrigão”, que
foi conduzida pelo cabo Cláudio Hackbart Azambuja da Silva – sob a
coordenação do ex-subsecretário.
A mesma dupla esteve envolvida
em outro episódio de violência durante a passagem de Francischini pelo
Estado, fato ignorado em sua entrevista, mas marcante, ocorrido após a
morte de Alexandre. Na esteira das investigações de uma quadrilha que
passava notas falsas na Grande Vitória, o então subsecretário participou
da ação que terminou com um civil baleado em Vale Encantado, em Vila
Velha, na madrugada do dia 25 de abril de 2003 – portanto, três dias
após a prisão de “Lumbrigão”.
Durante aquela diligência – que
não havia sido comunicada ao Copom (Centro de Operações da PM) –, um
homem identificado como Rudi do Carmo foi alvejado como um tiro nas
costas. De acordo com o relatório da Diretoria de Inteligência da
Polícia Militar na época, a central foi acionada através de um
telefonema anônimo – que seria atribuído à mulher da vítima –
denunciando a captura do suspeito no ponto final de ônibus de Rio
Marinho em direção a um areal em Vale Encantado, bairro vizinho, com o
intuito de matá-lo.
Em seguida, uma viatura foi
deslocada para atender a essa ocorrência. Cerca de quarenta minutos
depois, o Copom recebeu um outro chamado, via rádio, pela Rádio Patrulha
da Sesp, solicitando apoio no ponto final de Rio Marinho, pois estaria
ocorrendo uma troca de tiros em Vale Encantado. Consta nas ocorrências
policiais que a vítima teria resistindo à prisão. Na imprensa, o então
subsecretário deu uma versão diferente ao afirmar que a operação teria
até o apoio da Diretoria de Inteligência da PM – o que não ocorreu,
segundo o relatório do diretor de Inteligência da corporação à época.