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sábado, 12 de outubro de 2013

A GLOBO não está do nosso lado



sábado, 2 de fevereiro de 2013

José Dirceu denuncia O "Mentirão" da AP 470 em que foi condenado pela Glogo e ratificado pelo STF.

A Ação Penal 470 julgada pela Globo e ratificada pela maioria do STF foi declaradamaente um julgamento de exceção, um julgamento político para tentar destruir o PT que ousou combater os privilégios, mesmo que timidamente, dos donos do Poder Econômico.

Há urgência que denunciemos essa prática insultosa ao povo brasileiro. Ministros do STF que deveria zelar pela Constituição Federal, sentam em cima dela para cumprir a missão dada pela Casa Grande.

Não podemos nos calar diante de tamanha injustiça.






quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Carta maior: Lewandowiski, Um Juíz

Da Revista Carta Maior

14/11/2012

Lewandowski: um desagravo ao Direito brasileiro

A expressão 'Ainda há juízes em Berlim' é frequentemente lembrada quando o Estado de Direito é acuado pela exceção que pretende impor a sua vontade à força ou, modernamente, ao arbítrio do rolo compressor midiático.

A convicção embutida no enunciado remete ao desassombro de um camponês prussiano ainda no século XVIII . Coagido a derrubar seu moinho na vizinhança do palácio real, ele resistiu ao algoz porque confiava na isenção da Justiça que lhe deu coragem para não ceder.

A captura da opinião pública pelo quase oligopólio midiático exacerba a relação de forças na sociedade a ponto de fraudar o direito de não ceder ao imperativo conservador.

O país patina há mais de quatro meses no vórtice dessa amarga experiência de usurpação do discernimento social e jurídico.

Acionada por interesses cuja hegemonia tem sido desautorizada em sucessivos escrutínios democráticos, uma fantástica máquina de criminalização da esquerda, da política e das formas de representação popular foi posta em marcha no julgamento da Ação Penal 240.

Talentos profissionais da dramaturgia, do jornalismo e do marketing político revestiram uma monumental peça acusatória com o maniqueísmo capaz de torná-la crível, lógica e digerível.

Só um ruído maculava a extraordinária sintonia do conjunto: a falta de provas. A lacuna seria calafetada diuturnamente pelas betoneiras da semi-informação, da ocultação e do preconceito intrínsecos ao monolitismo midiático.

O jurista alemão Claus Roxin desautorizou o uso bastardo de um conceito de sua lavra, apropriado de forma pedestre na sofreguidão condenatória montada a contrapelo dos autos e das circunstâncias.

Mas foi um magistrado no ofício corajoso de reafirmar a norma e, sobretudo, as impropriedades da impaciência aliada ao arbítrio que personificou de fato a imagem do juiz de Berlim neste caso.

Ricardo Lewandowski recusou o moralismo obscurantista e afrontou o contubérnio entre egos togados e holofotes feitos para cegar.

Paciente, às vezes indignado, reafirmou o espaço do contraditório; sempre que pode, recolou o comboio desembestado na faina condenatória nos trilhos da razão argumentativa; falou sem o hermetismo dos boçais; convidou à reflexão , evocou o bom senso -- cobrou a presunção da inocência, sem qual o Direito deixa o abrigo da ciência para ser arbítrio.

Em rota de colisão com o atropelo dos autos , não recuou quando a ligeireza indiciária dos robespierres das redações levantou a guilhotina contra a sua reputação.

Lewandowski honrou a toga da suprema corte ao não ceder à arte de satanizar antes de provar a existência do inferno - não raro encenado com as chamas produzidas no photoshp de um oligopólio que se evoca inimputável.

A retidão do ministro relator orgulha e reafirma a soberania do judiciário brasileiro no terreno minado dos dias que correm.

Mas sua voz não pode mais ser reportada à opinião pública exclusivamente pelo filtro de um aparato interessado em baratear o Direito e sua isenção.

A voz dos seus pares em todo o Brasil não pode perdurar em silêncio, enquanto se procede à lapidação da toga heroica com as pedras um falso consenso condenatório.

Carta Maior conclama seus leitores, os advogados e juristas brasileiros, ademais das organizações sociais e suas lideranças a endossarem o manifesto ecumênico de apoio a Ricardo Lewandowski iniciado e liderado pelo site Cidadania, e que deve ser entregue ao ministro, em mãos , em Brasília.

Repita-se, não se trata de um gesto partidário ou protocolar. Não é apenas a Ação Penal 470 que está em jogo.

O desagravo a Lewandowski representa hoje no Brasil, acima de tudo, um desagravo ao sagrado compromisso do judiciário com o Estado de Direito.

Abaixo, o manifesto de apoio ao ministro Ricardo Lewandowski

'O carioca Enrique Ricardo Lewandowski, de 64 anos, desde o primeiro momento do julgamento da ação penal 470 não se vergou a pressões, a intimidações, a insultos e à chacota.

Foi atacado, ridicularizado, achincalhado, difamado pela grande imprensa e até por grande parte dos seus pares no STF, sobretudo quando absolveu José Dirceu da condenação por corrupção ativa, e rejeitou a tese, jamais provada, de que o PT teria “comprado votos”.

Ao justificar seu voto absolvendo Dirceu, recorreu ao principal teórico da atualidade sobre a teoria jurídica usada para condenar o ex-ministro, o alemão Claus Roxin, que, segundo Lewandoski, divergiria da interpretação da maioria esmagadora do STF sobre o Domínio do Fato.

Em 11 de novembro de 2012, passadas as condenações com base nessa teoria, o jornal Folha de São Paulo publica entrevista do teórico alemão que repudia a interpretação que os pares de Lewandoski deram ao seu trabalho.

Os ministros Carlos Ayres Britto, Cezar Peluzzo, Carmem Lúcia, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Marco Aurélio Mello, Rosa Weber e Celso de Mello, portanto, trocaram o julgamento da história pelo julgamento da mídia e da opinião publicada.

Até José Antonio Dias Tóffoli, apesar de nadar contra a maré quanto a Dirceu, em algum momento se deixou intimidar. Lewandoski, não. Permaneceu e permanece firme, impávido, em defesa do Estado de Direito.

Não é fácil fazer o que fez esse portento de coragem e decência. O grupo social que esses ministros freqüentam é impiedoso, medíocre e, não raro, truculento. E se pauta exclusivamente pela mídia.

Os aplausos fáceis que Joaquim Barbosa auferiu com suas cada vez mais evidentes pretensões político-eleitorais jamais seduziram Lewandowski, que desprezou o ouro dos tolos e ficou ao lado da verdade.

Convido, pois, os leitores deste blog a escreverem suas homenagens ao ministro Lewandowski, as quais lhe serão enviadas, com vistas a se contrapor aos ataques rasteiros e covardes que ele vem sofrendo.

Para assinar acesse http://www.blogdacidadania.com.br/
Postado por Saul Leblon às 17:45

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O Linchamento do século: STF se Submete à Vontade da Elite Golpista e Reacionária

Aproveite e assine o abaixo assinado em repúdio ao STF por não cumprir a Constituição, a quem deveria ser o guardião da Carta Magna, e também em solidariedade a José Dirceu, José Genuíno e ao PT.

http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoListaSignatarios.aspx?pi=P2012N30128


Nota de José Dirceu ao povo Brasileiro


AO POVO BRASILEIRO

No dia 12 de outubro de 1968, durante a realização do XXX Congresso da UNE, em Ibiúna, fui preso, juntamente com centenas de estudantes que representavam todos os estados brasileiros naquele evento. Tomamos, naquele momento, lideranças e delegados, a decisão firme, caso a oportunidade se nos apresentasse, de não fugir.

Em 1969 fui banido do país e tive a minha nacionalidade cassada, uma ignomínia do regime de exceção que se instalara cinco anos antes.

Voltei clandestinamente ao país, enfrentando o risco de ser assassinado, para lutar pela liberdade do povo brasileiro.

Por 10 anos fui considerado, pelos que usurparam o poder legalmente constituído, um pária da sociedade, inimigo do Brasil.

Após a anistia, lutei, ao lado de tantos, pela conquista da democracia. Dediquei a minha vida ao PT e ao Brasil.

Na madrugada de dezembro de 2005, a Câmara dos Deputados cassou o mandato que o povo de São Paulo generosamente me concedeu.

A partir de então, em ação orquestrada e dirigida pelos que se opõem ao PT e seu governo, fui transformado em inimigo público numero 1 e, há sete anos, me acusam diariamente pela mídia, de corrupto e chefe de quadrilha.

Fui prejulgado e linchado. Não tive, em meu benefício, a presunção de inocência.

Hoje, a Suprema Corte do meu país, sob forte pressão da imprensa, me condena como corruptor, contrário ao que dizem os autos, que clamam por justiça e registram, para sempre, a ausência de provas e a minha inocência. O Estado de Direito Democrático e os princípios constitucionais não aceitam um juízo político e de exceção.

Lutei pela democracia e fiz dela minha razão de viver. Vou acatar a decisão, mas não me calarei. Continuarei a lutar até provar minha inocência. Não abandonarei a luta. Não me deixarei abater.

Minha sede de justiça, que não se confunde com o ódio, a vingança, a covardia moral e a hipocrisia que meus inimigos lançaram contra mim nestes últimos anos, será minha razão de viver.

Vinhedo, 09 de outubro de 2012

José Dirceu

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Diferenças entre a Elite Golpista e a Forma de Lula Governar


Hoje, não tendo mais condições de um golpe militar, a Elite Golpista com apoio das grandes mídias, (Globo, Folha de são Paulo, Estadão, Veja entre outros) está usando os corvos do STF para golpear o povo brasileiro. Fingindo fazer justiça, estão comandando um julgamento de exceção para acabar com o sonho do povo pobre que sempre foi expoliado por essa elite.

Quem deveria ser imparcial e defender o estado de direito está claramente mudando conceitos jurídicos, casuísticamente, para condenar pessoas sem provas e tentar impedir que o povo se mantenha no poder.

No passado, o Brasil entregou suas riquezas no maior processo de Privataria comandado por FHC e José Serra. FHA comprou votos para aprovar a reeleição entre tantos outros escândalos se quer foram investigados.

E assim, o Brasil caminha...

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O ataque de Veja contra Lula: a mentira e a mistificação

Do Vermelho

O objetivo do artigo mentiroso publicado por Veja não é a moralidade ou a ética, mas criar condições jurídicas para afastar Lula das eleições de 2014 e 2018.

Por José Carlos Ruy

 

Aqueles que, credulamente, ainda pensam que os jornais e revistas do PIG (Partido da Imprensa Golpista) têm o objetivo de informar e debater questões públicas relevantes poderem encontrar, na edição desta semana do panfleto direitista chamado Veja um desmentido para estas esperanças e farto material pedagógico sobre a maneira como agem. São instrumentos da luta de classes dos ricos contra os pobres, onde os cães de guarda dos interesses dominantes investem contra os setores progressistas, democráticos e nacionalistas num combate político cuja arma é a mentira e a difamação.

O repórter, autor da matéria, e o diretor da revista afirmam ali, candidamente, que as graves denúncias feitas contra o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva estão baseadas no ouvir dizer, em “revelações de parentes, amigos e associados” do empresário Marcos Valério, que extravasaria a eles seu inconformismo por sua condenação no processo do chamado “mensalão”. Acusação ouvida do próprio Marcos Valério - e esse é o critério não só do bom jornalismo, mas também da boa investigação criminal - nenhuma! Aliás, o próprio advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, prontamente desmentiu as mentiras da revista da família Civita e afirmou que seu cliente não conversou com nenhum jornalista.

O artigo calunioso sustenta que Lula teria se encontrado com o publicitário Marcos Valério, quando presidente da República, para acertar detalhes do chamado “mensalão”, que envolveria uma quantia muito maior do que a atribuída no julgamento que ocorre no Supremo Tribunal Federal, alcançando a quantia de 350 milhões de reais.

Não é a primeira vez que Veja é pega na mentira, que tem sido a norma da revista nos últimos anos e não apenas em matérias políticas mas também em outras áreas. Há um ano, no início de setembro de 2011, ela divulgou uma matéria de capa sobre um medicamento para diabetes que, assegurava, levaria seus usuários a emagrecimento em tempo recorde; foi um escândalo tamanho, de repercussões negativas sobre a saúde pública, que a Anvisa precisou intervir e obrigar a revista a se desmentir. Os ecos da matéria mentirosa e da intervenção da Anvisa foram ouvidos inclusive em academias de ginástica onde pessoas ainda crédulas se manifestavam indignadas com a irresponsabilidade e as mentiras da revista.

A série de mentiras é longa; ela envolve, só para lembrar algumas, o acolhimento das acusações feitas por um bandido contra o ministro do Esporte Orlando Silva Jr (e, em consequência, contra o PCdoB) ou a fantasiosa “revelação” de que Lula teria pressionado o ministro Gilmar Mendes, do STF, pelo adiamento do julgamento do chamado “mensalão”, que foi imediatamente desmentida pela terceira pessoa que participou do encontro durante o qual a pressão, o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim.

São antecedentes mentirosos que não contam para os paladinos do conservadorismo e do neoliberalismo na mídia comercial. Um dos mais notáveis deles, o comentarista Merval Pereira, de O Globo, foi logo para o ataque afirmando a possibilidade de uma denúncia contra Lula, com base nas acusações falsas de Veja. Outros - como Ricardo Noblat - foram na esteira dele, e no mesmo tom.

É a volta do coro conservador e neoliberal, com um objetivo muito claro e definido. Desde a crise de 2005 estes comentaristas sabem que não conseguem enganar o povo. Foram derrotados pelo voto popular nas eleições de 2006 e depois em 2010, e seus partidos e candidatos enfrentam dificuldades imensas nas eleições municipais desde então. O PSDB minguou e a voz de seus caciques, ouvidas nos salões chiques de São Paulo, Rio de Janeiro, Londres ou Nova York, não repercutem mais ali onde de fato interessa: no meio do povo, que vota e escolhe os governantes.

A tática que parecem adotar, perante este quadro de dificuldades eleitorais para seu renegado programa neoliberal e para aqueles que o representam, é tentar inviabilizar juridicamente uma nova candidatura de Luís Inácio Lula da Silva à presidência da República, em 2014 ou 2018. Para aqueles que aceitavam apenas um mandato para Lula - o primeiro, de 2003 2006 - o quadro que se apresenta é politicamente aterrador ao indicar a quase inexorável perspectiva de um domínio de mais de vinte anos das forças democráticas, progressistas e patrióticas sobre a presidência da República.

Daí a ideia “genial”: condenar Lula como o chefe do chamado “mensalão” e ganhar, no tapetão, aquilo que não conseguem alcançar no voto, a exclusão do líder sindical e operário de futuras disputas eleitorais.

É difícil que tenham êxito, como mostra a reticência dos presidentes dos dois principais partidos da direita neoliberal -- o PSDB e o DEM --, Sérgio Guerra e José Agripino, diante de qualquer iniciativa jurídica contra Lula a partir de bases tão frágeis quanto a mentira relatada por Veja.

A luta é política; é luta de classes, e a direita (com seus cães de guarda da mídia) investe - nunca é demais repetir - na única e esfarrapada bandeira que alega sustentar, a defesa da moral e da ética. O caráter mentiroso dessa defesa fica claramente exposto quando se vê o comportamento dessa mesma mídia diante de acusações mais graves e sólidas contra o tucanato e seus governos, como se viu no eloquente silêncio a respeito das denúncias feitas no livro Privataria Tucana, no qual o jornalista Amaury Ribeiro Júnior denuncia as falcatruas do governo de Fernando Henrique Cardoso, ou diante do acúmulo de denúncias do envolvimento do jornalista Policarpo Jr, diretor de Veja em Brasília, com a quadrilha de Carlinhos Cachoeira. Para a mídia e para os tucanos o objetivo não é alegada moralidade mas a criação de condições para sua volta ao poder. Como se fosse possível no Brasil de hoje!

O poder da mídia conservadora é inegável, e grande. É o poder da classe dominante brasileira, fortalecido inclusive com contribuições do próprio governo federal. Dados divulgados na semana passada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República mostram que, dos 161 milhões de reais gastos em publicidade desde o início do governo de Dilma Rousseff, 50 milhões foram apenas para a TV Globo; a Editora Abril recebeu 1,6 milhões (1,3 milhões para publicidade em revistas e 300 mil na internet).

Esse poder se defronta hoje com um protagonismo popular mais acentuado; os velhos “formadores de opinião” claudicam ante o despertar do povo brasileiro e, sem propostas claras e objetivas, amparam-se em mentiras e na calúnia. Precisam olhar a história: em batalha semelhante, na década de 1950, a mídia conservadora e antidemocrática investiu contra o presidente Getúlio Vargas com a mesma fúria com que hoje ataca as mesmas forças democráticas, progressistas e patrióticas que dirigem o governo federal. O fracasso daquela investida ficou clara na derrocada da principal revista daquela época, O Cruzeiro, notável pela mesma capacidade de mentir e caluniar hoje protagonizada por Veja. Em outubro de 1954, logo depois do suicídio de Vargas, a tiragem de O Cruzeiro ainda era de 700 mil exemplares; poucos meses depois, em fevereiro de 1955, caiu para 660 mil e seguiu em queda livre até 1965, quando ficou na faixa dos 400 mil exemplares, e continuou caindo (os dados estão num livro cujo título é apropriado: Cobras Criadas: David Nasser e O Cruzeiro, do jornalista Luiz Maklouf Carvalho).

A direita e os conservadores precisaram de um golpe militar, em 1964, para impor suas teses e massacrar a democracia que se fortalecia.

Os tempos mudaram e a direita, hoje, mantém o poder do dinheiro e da mídia mas perdeu a capacidade de mobilização popular e de respaldo dos quartéis para seus projetos anacrônicos, antidemocráticos e antipatrióticos. Restam a ela, como armas, a mentira e a mistificação.

Leonardo Boff: Por que tentam ferir letalmente o PT?

Do Vi o Mundo

publicado em 17 de setembro de 2012 às 10:42

Manter viva a causa do PT: para além do “Mensalão”

por Leonardo Boff, sugestão da sgeral/MST


Há um provérbio popular alemão que reza: “você bate no saco mas pensa no animal que carrega o saco”. Ele se aplica ao PT com referência ao processo do “Mensalão”. Você bate nos acusados mas tem a intenção de bater no PT. A relevância espalhafatosa que o grosso da mídia está dando à questão, mostra que o grande interesse não se concentra na condenação dos acusados, mas através de sua condenação, atingir de morte o PT.

De saída quero dizer que nunca fui filiado ao PT. Interesso-me pela causa que ele representa pois a Igreja da Libertação colaborou na sua formulação e na sua realização  nos meios populares. Reconheço com dor que quadros importantes da direção do partido se deixaram morder pela mosca azul do poder e cometeram irregularidades inaceitáveis. Muitos sentimo-nos decepcionados, pois depositávamos neles a esperança de que seria possível resistir às seduções inerentes ao poder. Tinham a chance de mostrar um exercício ético do poder na medida em  que  este poder reforçaria o poder do povo que assim se faria participativo e democrático. Lamentavelmente houve a queda. Mas ela nunca é fatal. Quem cai, sempre pode se levantar. Com a queda não caiu a causa que o PT representa: daqueles que vem da grande tribulação histórica sempre mantidos no abandono e na marginalidade. Por políticas sociais consistentes, milhões foram integrados e se fizeram sujeitos ativos. Eles estão inaugurando um novo tempo que obrigará  todas as forças sociais a se reformularem e também a mudarem seus hábitos políticos.

Por que muitos resistem e tentam ferir letalmente o PT? Há muitas razões. Ressalto  apenas duas decisivas.
A primeira tem a ver com uma questão de classe social. Sabidamente temos elites econômicas eintelectuais das mais atrasadas do mundo, como soia repetir Darcy Ribeiro. Estão mais interessadas em defender privilégios do que garantir direitos para todos. Elas nunca se reconciliaram com o povo. Como escreveu o historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma no Brasil 1965,14) elas “negaram seus direitos, arrasaram sua vida e logo que o viram crescer, lhe negaram, pouco a pouco, a sua aprovação, conspiraram para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que continuam achando que lhepertence”. Ora, o PT e Lula vem desta periferia. Chegaram democraticamente ao centro do poder. Essas elites tolerariam Lula no Planalto, apenas como serviçal, mas jamais como Presidente. Não conseguem digerir este dado inapagável. Lula Presidente  representa uma virada de magnitude histórica. Essas elites perderam. E nada aprenderam. Seu tempo passou. Continuam conspirando, especialmente, através de uma mídia e de seus analistas,  amargurados por sucessivas derrotas como se nota nestes dias, a propósito de uma entrevista montada de Veja contra Lula. Estes grupos sepropõem apear o PT do poder e  liquidar  com  seus líderes.

A segunda razão está em seu arraigado conservadorismo. Não quererem mudar, nem se ajustar ao novo tempo. Internalizaram a dialética do senhor e do servo. Saudosistas, preferem se alinhar de forma agregada e subalterna, como servos,  ao senhor que hegemoniza a atual fase planetária: os USA e seus aliados, hoje todos em crise de degeneração. Difamaram a coragem de um Presidente que mostrou a autoestima e a autonomia do país, decisivo para o futuro ecológico e econômico do mundo, orgulhoso de seu ensaio civilizatório racialmente ecumênico e pacífico. Querem um Brasil menor do que eles para continuarem a ter vantagens.

Por fim, temos esperança. Segundo Ignace Sachs, o Brasil, na esteira das políticas republicanas inauguradas pelo do PT e que devem ser ainda aprofundadas, pode ser a Terra da Boa Esperança, quer dizer, uma pequena antecipação do que poderá ser a Terra revitalizada, baixada da cruz e ressuscitada. Muitos jovens empresários, com outra cabeça, não sedeixam mais iludir pela macroeconomia neoliberal globalizada.

Procuram seguir o novo caminho  aberto pelo PT e pelos aliados de causa. Querem produzir autonomamente para o mercado interno, abastecendo os milhões de brasileiros que buscam um consumo necessário, suficiente e responsável e assim poderem viver um desafogo com dignidade e decência. Essa utopia mínima é factível. O PT  se esforça por realizá-la. Essa causa não pode ser perdida em razão da férrea resistência de opositores  superados porque é sagrada demais pelo tanto de suor e de sangue que custou.

Leonardo Boff é teólogo, filósofo, escritor e doutor honoris causa em política pela Universidade de Turim por solicitação de Norberto Bobbio.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Veja e seus Tentáculos no Crime Organizado

O PIG (Partido da Imprensa Golpista) foramdo por Veja, Globo, folha, Estadão e seus asseclas estão enrolados até o pescoço com o crime organizado. Parece que os partidos como PSDB, DEM e PPS que são protegidos pelo PIG pode estar juntos num projeto que visasa desestabilizar o Brasil e com isso obter dividendos políticos. É preciso que a CPMI do Cachoeira convoque a Veja, pois, mostrará como agem de maneira sórdida para conseguir o poder e levar vantegens.




Aécio Never também deve esclarecer sua ligação com Cachoeira, quando interveio para nomear prima do contraventor para órgão do Estado de Minas Gerais. O Mocinho ficou muito nervosinho.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Globo é expulsa de evento dos policias e bombeiros do Rio por ser tendenciosa

Os policiais militares e bombeiros do Rio de Janeiro expulsaram a rede Globo do evento alegando que a emissora não pratica um jornalismo honesto e transparente, editando e publicando matérias que não retrata a realidade e, sim os interesses do governador.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Cidadão faz Greve de Fome pela Omissão da Globo no Caso Pinheirinho

O PIG* (Globo, Folha de São Paulo, Estadão, Veja ...) adotou uma política de não divulgar nada que prejudique os políticos do PSDB. Com isso, gera desinformação e, faz passar para a sociedade uma realidade que não existe.

São vários os exemplos, o livro "Privataria Tucana", o massacre na cracolândia, de estudantes da USP, entre tantos outros casos.

Mais recentemente, o caso Pinheirinho que se fosse praticado por um governo do PT, a cobertura seria totralmente diferente da atual.

Um jovem cidadão, Pedro, indignado com essa postura de um meio de comunicação, a Globo, que é concessão do estado brasileiro e, portanto, do povo brasileiro, usar este espaço para fazer política partidária e esconder da população a verdade sobre a violenta desocupação do Pinehirinho promovida pela da justiça, governo Alckmin e PM, está fazendo uma greve de fome em frente a empresa Globo.



sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Obsessão de Aecim pela Presidência, o faz apelar para tudo



Assim como fez com o Collor, FHC, e Serra, agora a Globo líder do PIG (Partido da Imprensa Golpista) tenta alavancar a candidatura de Aécinho Never para a Presidência da República em 2014 com a minisérie "Brado Retumbante". Parece que a emissora dos Marinhos abandonou Serra de vez.

A minisérie conta a estória de um deputado que assume a Presidência da República após um acidente matar o Presidente e o Vice. O ator, aparentemente, foi escolhido pela sua semelhança com Aecinho Never.



A maior ironia da minisérie é que o personagem é implacável com a corrupção, algo semelhante ao "caçador de marajás" (Collor), quanto a Aecinho Never não se pode dizer que combate a corrupção, os mineiros que o diga, só se for de seus inimigos políticos. A globo tem pouca criatividade.  

Essa não é a primeira vez que a Globo tenta alavancar candidaturas de políticos ligados ao neoliberalismo e a privataria. Isso é apenas uma mostra do que espera para 2014.

Resta saber se a população aceitará mais uma manipulação forjada do PIG.

Para conhecer a verdade sobre a "Obra Prima " de Aecinho, O "choque de Gestão", clique na imagem abaixo.


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Revista Veja, PIG e o Jornalismo de Esgoto

Fonte: Vermelho

Veja se enrola mais nas mentiras

 

Uma fonte deste blog na TV Globo, do Rio, informa que não está nada amistosa a relação da emissora dos Marinhos com a revista Veja. O estranhamento de Veja e Globo tem a ver com a artilharia pesada do semanário contra o ministro do Esporte, Orlando Silva, e o PCdoB.

Esmael Moraes, em seu Blog

A produção do Jornal Nacional pediu ontem o áudio que Veja recebeu do ex-policial João Dias Ferreira, no qual dialoga com dois assessores do Ministério do Esporte, mas a revista se recusou a fornecer a matéria-prima ao parceiro de PIG (Partido da Imprensa Golpista).

O blog foi atrás e descobriu que Veja não possui diálogos que comprometem o ministro ou os assessores acusados por ela. Pelo contrário. É o policial Dias quem se complica ainda mais. O “herói” da revista já esteve preso por desvio de recursos da pasta e é suspeito de assassinato.

Na fita que está em poder de Veja, o acusador ameaça com um revólver os assessores do Ministério. Por isso a revista não publicou diálogos na reporcagem desta semana.

Como norma padrão, o Jornal Nacional sempre dava destaque às estripulias de Veja com a condição de exclusividade nas “provas” materiais adquiridas. Pela primeira vez a revista não cumpriu o acordo e isso deixou a Globo com muito mau humor.

A direção TV Globo, segundo a mesma fonte, teme que a emissora tenha sido arrastada numa guerra que poderá custar-lhe o pouco de credibilidade (e os pontinhos no Ibope) que tem.

Se a Globo quer saber do áudio secretos de Veja, imagine os comunistas…

O ministro Orlando Silva está rindo à toa da trapalhada. Ele fez a sua parte ao pedir para ser investigado, abrir sigilos bancários e telefônicos, enfim, depor no Congresso Nacional.

O diabo é que a revista Veja se recusa a fazer a parte dela que é bem mais simples: mostrar o áudio coletado clandestinamente pelo policial João Dias.

Fonte: Blog do Esmael (www.esmaelmorais.com.br)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Militares saudosos da ditadura tentam dar outro golpe

Os militares estão tentando por meio de um abaixo-assinado tirar a novela "Amor e Revulção" exibida pelo SBT do ar. O único erro do SBT é esconder a participação do PIG (Folha da Tarde do grupo Folha de São Paulo, O Globo da família Marinho, O Estadão, entre outros. 

A matéria abaixo saiu no Vermelho.


Saudosos da ditadura, militares querem cancelar novela do SBT

A novela Amor e Revolução vem rendendo. Desta vez, um portal militar resolveu fazer um abaixo-assinado contra a novela de Tiago Santiago, que aborda o período do regime militar no Brasil (1964-1985). Os donos do site — provavelmente acostumados à censura que perdurou na ditadura — querem que a trama seja proibida de ir ao ar no SBT.

O novelista Tiago Santiago, autor de Amor e Revolução, rechaçou o texto e se recusou a edulcorar a história em favor da visão obscurantista dos filhotes da ditadura. “Achei uma iniciativa despropositada, que interessa apenas aos criminosos, torturadores e assassinos, que violaram as Convenções de Genebra, nos chamados ‘anos de chumbo’ da ditadura militar".

No abaixo-assinado, os signatários mentem ao dizer que "é óbvio que o governo federal através da Comissão da Verdade, recém-criada, está participando do acordo em exibir a novela Amor e Revolução no SBT. Parece-nos que se trata de um acordo firmado com o empresário Silvio Santos, visando o saneamento do Banco Panamericano do próprio empresário”.

As acusações infundadas e difamatórias não param por aí. “As Forças Armadas não devem permitir, dentro da legalidade, que tal novela seja exibida, pelos motivos óbvios abaixo declarados. Convém salientar que as Forças Armadas já se manifestaram negativamente a respeito da novela Amor e Revolução".

Os militares completam, em tom autoritário: “Sendo assim, o efetivo da Forças Armadas, tanto da ativa como inativos e pensionistas, vêm respeitosamente através desse abaixo-assinado, como um instrumento democrático, solicitar do digno Ministério Público Federal, representado acima, providências em defesa da normalidade constitucional, vista o cumprimento da lei de anistia existente, conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal. Nestes termos pede deferimento em caráter urgentíssimo".

Para Tiago Santiago, o texto é “despropositado” do começo ao fim. “A novela é respeitosa com as Forças Armadas, mostrando herói militar e oficiais democratas, a favor da legalidade. Em diversos trechos da novela, há menções favoráveis a militares, evidenciando que nem todos participaram do golpe e da violenta repressão à oposição".

De acordo com o autor de Amor e Revolução, “o argumento de que a novela teria qualquer coisa a ver com o saneamento do Banco Panamericano também não procede. A proposta partiu de mim para o SBT, e não vice-versa. Comecei os trabalhos antes de saber que havia qualquer problema com o Banco e antes de saber também que a Dilma seria eleita presidente".

Para Renata Dias Gomes, colaboradora de Tiago Santiago em Amor e Revolução, os tempos mudaram, mas os militares continuam com a cabeça na época do regime. “Felizmente a ditadura e a censura acabaram — e hoje a gente pode contar uma história sem medo. Ou deveria poder.”

Da Redação, com informações do Na Telinha

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Eduardo Guimarães Fala sobre as ligações perigosas da Rede Globo

Do Blog da Cidadania

Veraz, minucioso, aterrorizante mesmo. “Beyond Citizen Kane” ou “Muito Além do Cidadão Kane” – em tradução livre - é um documentário britânico dirigido por Simon Hartog e exibido em 1993 pelo Channel 4, emissora pública do Reino Unido, a BBC de Londres.

O documentário mostra as relações entre a mídia e o poder do Brasil, focando na análise da figura de Roberto Marinho, fundador da Globo. Embora o documentário tenha sido censurado pela justiça, em 2009 a Rede Record comprou os direitos de transmissão exclusiva, por 20 mil dólares, do produtor John Ellis.

A primeira exibição pública do filme no Brasil ocorreria no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), em março de 1994. Um dia antes da estréia, a Polícia Militar recebeu uma ordem judicial para apreender cartazes e a cópia do filme, ameaçando, em caso de desobediência, multar a administração do MAM-RJ. O secretário de cultura acabou sendo despedido três dias depois.

Durante os anos 1990, o filme foi mostrado em universidades e eventos sem anúncio público de partidos políticos. Em 1995, a Globo entrou com um pedido na Justiça para tentar apreender as cópias disponíveis nos arquivos da Universidade de São Paulo (USP), mas o pedido foi negado. O filme teve acesso restrito a grupos universitários e só se tornou amplamente visto a partir do ano 2000, graças à popularização da internet.

No post anterior, coloquei o link para o vídeo, mas percebi que vários leitores não perceberam que poderiam assisti-lo simplesmente clicando nesse link, de maneira que, devido à importância desse documento histórico que é Beyond Citizen Kane, reproduzo, abaixo, essa obra perturbadora que fala tanto sobre este país.
Não deixe de assistir.

Primeira parte: 

Segunda parte:


Terceira parte:


Última parte:

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Vi o Mundo: Economist propõe calote parcial da Grécia, Portugal e Irlanda

Do Vi o Mundo

As coisas andam feias na Europa quando uma revista conservadora — mas bem informada — como a Economist propõe rasgar a fantasia, decretar moratória e renegociar com desconto as dívidas da Grécia, Portugal e Irlanda.

Foi o que a revista fez no seguinte editorial, traduzido às pressas dada a importância do assunto:

The euro area

Time for Plan B

The euro area’s bail-out estrategy is not working. It is time foi insolvent countries to restructure their debts

Economist, 15 de janeiro de 2011

Por algumas semanas nos feriados de Natal os europeus colocaram a crise da dívida soberana na espera. Agora eles estão de novo diante de uma realidade sombria. Os retornos [exigidos pelos que emprestam] em papéis [da dívida] estão aumentando num grupo mais amplo de paises justamente no momento em que os governos precisam levantar vastas somas [de dinheiro] nos mercados. No dia 12 de janeiro Portugal foi forçado a pagar 6.7% por empréstimos de 10 anos — melhor do que se temia, mas um preço que não pode sustentar no longo prazo. Os retornos para dívida da Bélgica saltaram no momento em que os investidores calculam a carga de dívida [do país] e a falta de liderança. A Espanha está se segurando.

A confusão leva a uma conclusão deprimente: a estratégia de resgate da Europa, desenhada para acalmar mercados financeiros e colocar uma parede à prova de fogo entre a periferia do euro e o seu centro, está fracassando. Os investidores estão se tornando mais, não menos nervosos e a crise está se espalhando. O Plano A, baseado em adiar a reestruturação dos países que enfrentam dificuldades na Europa, valeu: ganhou tempo. Mas já não funciona. Reestruturar agora é mais factível que no ano passado. É também mais barato para todos do que será em alguns anos. Por isso a necessidade do Plano B.

A resposta inicial, forjada no resgate da Grécia em maio de 2010, foi desfeita por sua própria contradição. Os políticos da Europa criaram um sistema para fazer empréstimos e evitar que governos sem liquidez deixem de pagar a dívida de curto prazo, mas simultaneamente deixaram claro (por insistência da Alemanha) que a médio prazo os países insolventes deveriam ter suas dívidas reestruturadas. Incertos a respeito de quem será declarado insolvente, os investidores estão nervosos — e o custo disso aumentou.

A maneira menos ruim de lidar com esta contradição é reestruturar a dívida dos países claramente insolventes agora. Baseado nos cálculos deste jornal o grupo deveria começar com a Grécia e provavelmente também incluir Portugal e a Irlanda. A Espanha tem problemas profundos, mas mesmo se isso exigir um grande resgate bancário, deveria ser capaz de manter sua dívida pública num nível sustentável. A Itália e a Bélgica tem altas taxas de dívida mas poupança privada mais ampla e seus orçamentos estão mais próximos do superávit. Há uma chance, portanto, de que, gerenciados corretamente, os calotes na dívida soberana da zona do euro poderiam ser limitados a três pequenos países periféricos.

Os perigos de procrastinar

Este jornal não advoga que os primeiros calotes da dívida soberana de países ricos em meio século sejam tratados de forma leviana. Mas a lógica para agir mais cedo é poderosa. Primeiro, a única alternativa plausível à reestruturação da dívida — transferência fiscal permanente do centro rico da Europa (leia-se Alemanha) — é politicamente impossivel. Alguns políticos europeus defendem uma união fiscal mais próxima, inclusive com a emissão de euro bônus, mas eles provavelmente não vão bancar transferências orçamentárias grandes o suficiente para subscrever a dívida total das economias periféricas.

Segundo, o perigo de uma reestruturação da dívida diminuiu, ainda que os custos de adiar o problema estejam subindo. Oito meses atrás, quando os governos da eurozona e o FMI juntaram forças para resgatar a Grécia, a determinação deles de evitar uma reestruturação imediata fazia sentido. Havia o temor razoável de que a moratória poderia jogar a Grécia no caos, precipitar crises na eurozona e detonar uma catástrofe bancária na Europa.

Mas a economia europeia como um todo está em melhor forma agora. Os bancos tiveram tempo de acumular mais capital — e transferir alguns de seus papéis duvidosos em dívida soberana para o Banco Central Europeu. As autoridades europeias criaram mecanismos para arranjar rapidamente dinheiro para usar em resgates. E os advogados tiveram tempo de pensar em formas de gerenciar um calote “controlado”. A reestruturação soberana ainda poderia afetar os mercados financeiros — medo de que causaria pânico faz com que os políticos europeus se mantenham longe dela — mas se gerenciada corretamente não deveria causar caos como o Lehman [Brothers, que causou pânico em Wall Street quando declarou falência, em 2008].

Ao mesmo tempo os custos de ganhar tempo com empréstimos estão se tornando dolorosamente claros. O peso para os países que acabam de ser resgatados é enorme. Apesar de ter implantado o mais duro ajuste fiscal de um país rico desde 1945, a Grécia terá uma dívida que, considerando dados plausíveis, representará no pico 165% do PIB em 2014. Os irlandeses terão de trabalhar anos para pagar os juros dos empréstimos de resgate que, sob insistência europeia, foram feitos para pagar os acionistas dos bancos irlandeses falidos. Em algum momento vai se tornar politicamente impossível exigir mais austeridade para pagar estrangeiros.

E quanto mais se adiar a reestruturação, mais dolorosa ela eventualmente vai ser, tanto para os atuais acionistas quanto para os contribuintes do centro da eurozona. Os resgates da Grécia e da Irlanda aumentaram as dívidas dos dois países, mas com redução da dívida privada, de maneira que uma fatia maior do devido é para governos europeus. Isso significa que os descontos em futura reestruturação serão maiores. Em 2015, por exemplo, a Grécia não conseguiria reduzir sua dívida a um nível sustentável mesmo que desse calote completo em todos os seus credores privados.

Como mudar de direção

Uma análise de custo-benefício, em resumo, diz que é melhor fazer uma reestruturação controlada agora. A redução da dívida deveria ser grande o suficiente para colocar as economias em um caminho sustentável. O peso da dívida da Grécia deve ser reduzido pela metade. O da Irlanda talvez deva ser cortado em um terço, com parte disso vindo da dívida privada, em vez da soberana.

Todos os credores, incluindo os governos e o Banco Central Europeu, terão de colaborar. Dinheiro novo de resgate será necessário: para financiar os déficits de orçamento dos países caloteiros; para ajudar a recapitalizar os bancos locais destes países (que sofrerão perdas nas dívidas que detém em papéis do governo); e, se necessário, para recapitalizar qualquer banco que tiver grandes perdas nas economias centrais da Europa. O Banco Central Europeu e outros deveriam estar prontos para defender a Bélgica, a Itália e a Espanha, se for necessário.

Se os líderes europeus mantiverem o Plano A, a crise da dívida vai continuar a se aprofundar. Se eles encararem a reestruturação que eventualmente será inevitável, terão uma chance de deixar a crise para trás. O Plano B vai exigir gerenciamento técnico de qualidade e coragem política. Graças à sua experiência em mercados emergentes, o FMI tem um pouco do primeiro. É por conta dos líderes europeus encontrar a coragem política.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Mais uma canalhice da Globo

Do Vi o Mundo

Deu no jornal espanhol El País:

Mientras tanto impresionan e indignan las imágenes emitidas anoche por el telediario nacional de la Red Globo, con más de 40 millones de audiencia, intercaladas con las sangrantes de la tragedia, de la primera reunión ministerial con los 37 nuevos ministros presidida por Dilma Rousseff, en la que aparecían riendo a carcajadas, algunos masticando chicle y con aire de fiesta.

[Enquanto isso impressionam e causam indignação as imagens emitidas ontem pelo jornal nacional da Rede Globo, com mais de 40 milhões de audiência, intercaladas com as imagens pungentes da tragédia, da primeira reunião ministerial presidida por Dilma Rousseff com seus 37 novos ministros, em que apareciam rindo às gargalhadas, alguns mascando chicletes e com ares de festa]
*****

A carta do leitor Marco Aurelio ao jornal, com texto do Eduardo Guimarães:


Estimado señor editor del periódico El País,

Sobre el reportaje “Un informe oficial de 2008 ya alertaba del riesgo que supondrían lluvias intensas en Brasil” hay que aclarar punto muy importante y que un periódico como El País no puede ignorar.

La cadena de televisión Globo es un enemigo político del gobierno que se ha elegido en el día 31 de octubre de 2010, así como fue del gobierno Lula durante sus ocho años.

Puesto eso, les quiero informar que lo que dice este reportaje, basado solamente en lo que ha divulgado la Globo,  y sin escuchar el otro lado (el gobierno), nos es verdad.

La Globo utilizó una imagen de otro momento de la reunión de la presidenta Dilma con sus ministros como si fuera el momento en que se trataba del tema de la tragedia que sucedió en Brasil.

Vivo en São Paulo, donde están ocurriendo decenas de muertes por la lluvia e nada se debe a la topografía de la región, pero al descaso del gobierno local.

Ustedes no van a ver jamás en la Globo noticias de los barrios de São Paulo con el agua por el techo de las casas, las familias que perdieran todo, las decenas de muertos en la ciudad más rica del país simplemente porque la Globo lo omite.

Pasa que la Globo hizo un acuerdo con el PSDB, partido de oposición al PT, que gobierna Brasil.

La familia Marinho, dueña de la Globo, hizo ese acuerdo en 1994, con el entonces candidato a presidente Fernando Henrique Cardoso, y eso maneja lo que la empresa dice ser “periodismo”. Eso, en Brasil, es público.

La Globo es un órgano de prensa de extrema derecha que ha sustentado la dictadura militar que tuvo Brasil entre 1964 y 1985. Se dedica, pues, a desmoralizar los gobiernos de centro izquierda del PT.

La presidenta Dilma Rousseff se fue a la región de la tragedia. Puso los pies en la lama. El gobernador de São Paulo, donde barrios enteros se hunden en el agua con excrementos, nada hizo.

La Globo nada dijo de eso ¿Saben ustedes por qué? Porque el gobernador actual de São Paulo y el anterior (Geraldo Alckmin y José Serra) son aliados de la empresa de la familia Marinho.

Estos son los factos: lo que presentó Globo es una trampa. Confío, pues, en la historia y honestidad de este periódico para darle a su público el otro lado de la moneda, pues es eso que obliga el buen periodismo.

Veja o vídeo da canalhice da Globo:

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Organizações Globo: As Máscaras começam a cair

Durante muito tempo as Organizações Globo manipularam e alienaram o povo de acordo com seus interesses numa parceria política e mídia (Leia-se PSDB e DEM).

Mas acharam que sua onipotência era tão grande que não mediram as consequências e hoje o povo começa a descobrir realmente os interesses de quem as Organizações Globo defendem e, não são os do povo.

Polícia Política de Alckmim/Serra reprime com violência manifestação contra aumento das passagens de ônibus em SP



COMUNICADO DO SINTUSP FRENTE À BRUTAL REPRESSÃO AO ATO CONTRA O AUMENTO DAS PASSAGENS EM SP

A Policia Militar desferiu na tarde de hoje, 13 de janeiro de 2011, uma truculenta repressão contra cerca de mil pessoas, que se manifestavam em ato contra o inadmissível aumento da passagem de ônibus, anunciada pelo prefeito Gilberto Kassab, do DEM, para R$ 3,00.

O ato, convocado pelo MPL – Movimento Pelo Passa Livre – saiu do Teatro Municipal e, quando estava na Av. Ipiranga, a repressão começou. Os estudantes, trabalhadores, integrantes dos movimentos sociais, e a população, que aderiu ao ato espontaneamente pela justeza de sua demanda, foram repentinamente e violentamente reprimidos com balas de borrachas e bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo.  Não contentes com esta truculência, os policiais saíram em rondas, perseguindo as pessoas, e dando continuidade às agressões. O saldo são 30 pessoas presas no 3º Distrito Policial, e cerca de 10 estudantes feridos.

Não bastasse isso, os policiais saíram em rondas, seguindo com as agressões e prendendo dezenas de manifestantes, que nesse momento estão no 3º Distrito Policial.Enquanto a desgraça das famílias atingidas pelas enchentes se repete mais uma vez, a polícia do governador Geraldo Alckmin reprime os estudantes que se colocam ao lado do povo pobre desse país, que é quem sofre com as enchentes, com os aumentos do transportes e o  caos da saúde.

O prefeito de SP Kassab e seu aliado Alckmin demonstram que quando se trata de agir contra a tragédia das enchentes que lançam as famílias na miséria, a ação não existe. Porém, quando se trata de agir contra os trabalhadores, estudantes e jovens que se mobilizam pelos seus direitos a resposta é rápida. E vem sob a forma de bombas , cacetetes e balas de borracha.

Neste momento, cerca de 100 estudantes e representantes do MPL, Sintusp, Conlutas,  LER-QI, PSTU, DCE da UNESP, Diretório Acadêmico da Fundação Santo André, outras organizações democráticas, sindicaise da esquerda encontram-se diante da delegacia onde estão os presos. Chamamos todos os setores democráticos da sociedade, os sindicatos e as organizações populares e de esquerda e repudiar essa agressão criminosa do governo estadual, exigindo a imediata libertação dos estudantes presos e dando continuidade à luta contra o aumento da passagem de ônibus.

O 3º Distrito Policial fica na Rua Aurora com a Av. Rio Branco.

SINTUSP – Sindicato de Trabalhadores da USP

O Submundo das Organizações Globo

Dinheiro das enchentes foi para Fundação Roberto Marinho

    Publicado em 13/01/2011

Segundo o Globo, Lula matou mais de 400 pessoas no Rio
Extraído do blog do Nassif:

Do Blog do Garotinho

A hipocrisia das Organizações Globo na hora da tragédia

Numa hora dessas o mais importante é a solidariedade. Não é hora de fazer política. Mas também é uma indignidade usar de hipocrisia, como fazem os veículos das Organizações Globo.

A capa de O Globo mostra a demagogia numa hora dessas. Cobra das autoridades federais verbas para a prevenção de tragédias, para a contenção de encostas. Essa cobrança mereceria os meus aplausos se fosse pra valer.

Mas não dá pra esconder, que em outubro do ano passado, o governador Sérgio Cabral desviou R$ 24 milhões do FECAM (Fundo Estadual de Conservação do Meio Ambiente), para a contenção de encostas e obras de drenagem e deu para a Fundação Roberto Marinho, conforme poderão relembrar, na reprodução abaixo. Eu fiz a denúncia no blog, no dia 20 de outubro de 2010 e não saiu uma linha na imprensa.

Então não venham de hipocrisia. Os mesmos veículos das Organizações Globo que estão cobrando investimentos públicos – o que é emergencial, é claro – escondem que a fundação dos seus patrões, a família Marinho pegou R$ 24 milhões, dados por Cabral, que era para terem sido usados na prevenção de enchentes e contenção de encostas. É tudo lastimável.



Não deixe de ler a manchete de hoje de O Globo: Lula matou 264 (agora 400) pessoas no Rio.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Homenagem: Folha de São Paulo, a Candinha do Brasil

A FSP publicou matéria sobre a retirada de um crucifixo e uma bíblia da sala da Presidenta Dilma. Parece que a "Candinha do Brasil" queria destilar algum veneno entre os setores conservadores. Mas, logo foi desmentida pela Ministra da SECOM, Helena Chagas via twiter, tal a impostância dada à "Candinha do Brasil".

Maria Frô em seu blog homenageia a "Candinha do Brasil"