Fonte: Vi o Mundo
Sambódromo do Rio de Janeiro. A repórter diz que vai entrar num camarote para entrevistar alguém especial. Aponta para o segurança na porta. Entra sem ser incomodada, acompanhada pelo câmera.
E "descobre" Paris Hilton com uma camiseta da "Devassa", a cerveja que a modelo veio lançar no Rio de Janeiro. Tá na cara que foi tudo ensaiado antes.
Paris, dançando sozinha, dá entrevista a respeito de alguma coisa que eu já não sei o que foi.
Jabá básico. Será que não poderiam ter "escalado" uma modelo/manequim para fazer o jabá?
Não sei quantos milhões de reais a Paris Hilton levou para vir ao Rio. Nem quantos milhões a Madonna levou para vir ao Rio vender Brahma.
Essa gente oportunista desembarca no Brasil enlouquecida atrás de uma boquinha.
Dinheiro privado, no Carnaval. Dinheiro público, no caso do governo paulista, que mobilizou o governador do Estado e o secretário da Educação, Paulo Renato, para receber Madonna em audiência oficial.
Quanto custará aos cofres públicos paulistas? Nada, diz o governador. São Paulo "entra" com as crianças, como disse Serra aos repórteres. Madonna entra com a "educação".
É a degradação do poder público, metido em acertos e conchavos que visam a promover a "benemerência descolada" desses oportunistas que usam os pobres para se promover, promover suas causas, sua imagem, seus interesses. Testemunhando a confluência desses interesses sórdidos, não é de estranhar que o "jornalismo" tente tomar um troco.