terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Eleições no Sind-UTE - MG: Haverá Mudanças Realmente?

No período de 23 a 17 de novembro ocorreram eleições para a diretoria estadual, conselho geral e diretoria das subsedes do Sind-UTE - MG.

Os filiados deixaram um recado bastante claro para os eleitos. Não vão apoiar as alas radicais do sindicato, mas também mostrou insatisfação com a atual diretoria, elegendo uma chapa de dissidentes da atual, porém, mais moderada que a oposição para a direção estadual. Para a subsede de Barbacena, deixaram o mesmo recado, não estão satisfeitos com a atual direção e elegeram a oposição para o triênio 2010-2012.

A nova diretoria estadual composta por alguns "dissidentes" da atual está carregando alguns "vícios". Alguns dissidentes têm mais de 20 anos no poder no sindicato e contribuíram muito para a atual insatisfação dos filiados; A insatisfação e desprezo por parte dos filiados é tão grande e mostram, pelos números extra oficiais, uma percentagem de participação no processo eleitoral de menos de 20% dos filiados (O Sind-UTE tem mais de 80 mil filiados segundo a direção) e a categoria possui mais de 200 mil educadores. Qual a legitimidade da direção para representar uma categoria, visto que menos de 10% desta participou do processo eleitoral?

Na subsede de Barbacena a situação não é tão diferente. A participação na eleição foi muito baixa. Hoje, os atuais deretores deveriam fazer uma análise da situação, tentaram comandar o sindicato com mãos de ferro, se diziam esquerda radical mas, como no texto anterior era uma "patética esquerda sem povo", "um sindicato sem filiados".

Além do mais, o sindicato hoje é uma verdadeira "Caixa de Pandora". Os recursos cresceram muito com a contribuição obrigatória mais a contribuição voluntária dos filiados. E, no entanto, não se prestam conta; pelo estatuto da entidade o filiado tem o direito ao acesso a documentos da entidade, mas na prática isso não acontece.

Na verdade contribuímos para uma entidade e não sabemos o que é feito com essa contribuição. Pelo estatuto da entidade, os diretores são voluntários não podendo ser remunerados, mas na prática isso também não acontece. Seria ingênuo pensar que teria tantas disputas, tantos desentendimentos para se elegerem para não ganhar "nada" e, ainda ter o descrédito da classe como está ocorrendo com a atual direção.

Retirando os velhos "vícios", esperamos que a nova direção contribua para abrir a "Caixa de Pandora" e tornar o sindicato mais transparente.