No dia 22 o
PT de Barbacena optou por manter a aliança com a prefeita Danuza Bias Fortes.
Em um universo de mais de mil filiados, aproximadamente 400 estavam aptos a
votar. Compareceram 92, destes, 68 optaram pela aliança. Seguindo a velha
prática política da direita e lembrando a relação “Casa Grande e Senzala”, os
defensores da manutenção da parceria passaram a buscar os filiados em suas
casas para votar, incluindo neste até um assessor de um deputado federal
petista.
Este não é
um quadro muito positivo para o PT que sempre criticou essas práticas da
direita sem contar que mesmo com o transporte de filiados para votar, a
participação foi inferior a 10% dos filiados. A cúpula do partido desejosa de
poder parece não conseguir fazer uma avaliação do quadro.
O grupo defensor
da aliança filiou um grande número de pessoas com o intuito de garantir seus
interesses. Muitos são pessoas humildes. Por outro lado, houve um número de
filiados mais jovens filhos e netos de representantes da velha direita
conservadora que trouxeram em sua bagagem a arcaica prática política. Estes
jovens passaram a integrar a cúpula do partido e a defender o poder pelo poder
sem limites. Um sério risco para a democracia.
E para
conseguir alcançar seus objetivos, começaram um trabalho para desprestigiar os
antigos fundadores do partido contrários ao pensamento único, do poder pelo
poder. Parece que o partido tem inovado e aprofundado métodos antes condenados.
E setores do partido favorável à aliança, mas preocupados em manter sua
influência no partido, partiram para o apoio a candidatura própria para obter
maior poder para negociatas.
Na aliança
em 2008, o discurso de campanha foi feita se comprometendo com o cancelamento
da privatização dos serviços de água e esgoto que o prefeito anterior promoveu
em alguns bairros. Passada a eleição, iniciou-se em 2009 um movimento de
coletas de assinaturas da população, inclusive com a participação de alguns
vereadores, visando o cancelamento da privatização.
Passados os
meses iniciais de 2009, não se sabe por que motivo criou-se um tabu e não se
podia mais falar naquele assunto e aqueles que insistiam passaram a ser
marginalizados quebrando-se a confiança entre os integrantes do partido e
também em parte da população que se sentiu enganada.
Em pesquisas
recentes, segundo defensores da aliança, a Prefeita amarga 40% de rejeição. E
estão defendendo a unidade do partido para tentar reverter o quadro.
No entanto, seria
necessário restabelecer a relação de confiança e que compromissos sejam
cumpridos.
As
lideranças partidárias passam por uma séria crise de credibilidade. Basta saber
se querem ser líder realmente ou se continuará insistindo no modelo “Casa Grande e
Senzala”.
Este espaço é permanentemente aberto ao democrático direito de resposta a todas as pessoas e instituições aqui citadas.
mdfnews@gmail.com
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