terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Será um Contra-ataque ao Livro "A Privataria Tucana"?

Saiu no Novo Jornal

"Lista de Furnas": Será a melhor defesa o ataque?  



Notícias acusam de ser falsa uma lista periciada e reconhecida como autêntica. E atribuem a falsidade a um cidadão preso e incomunicável

Reportagem publicada nesse sábado (10/12) “A trama dos Falsários”, em uma revista semanal de circulação nacional causou surpresa e ao mesmo tempo desconfiança devido à fragilidade das provas e a pueril análise e divulgação de uma interceptação telefônica apresentada como efetuada pela Polícia Federal por determinação judicial.

O cenário onde teria ocorrido a trama noticiada e os atores destoa da realidade.

A surpresa ocorre em função de a revista deter uma das maiores e melhores equipes do jornalismo brasileiro além de uma gigantesca estrutura operacional e financeira nacional e internacional, capaz de realizar profunda e competente pesquisa e posterior análise de documentos para fundamentar suas matérias.

O que não ocorreu em relação à matéria anteriormente citada. Passando a impressão de ter sido escrita e veiculada na procura de um ambiente propicio perante a opinião pública para convencimento de que a “Lista de Furnas” é falsa. Evidente que os principais interessados e beneficiados pelo ambiente criado são a alta direção do PSDB/DEM, citada na “Lista de Furnas”.

Já a dúvida, esta merece uma profunda reflexão. Qual será o verdadeiro motivo que levou a alta direção editorial da revista formada por profissionais de alta experiência profissional a embarcar neste enorme equívoco noticioso que não se sustenta diante das decisões judiciais já proferidas além das perícias já efetuadas na citada “Lista de Furnas” pela própria Polícia Federal que comprovou sua autenticidade.

Em relação ao denominado “Lobista”, Nilton Monteiro, bastaria que a revista contratasse um jornalista mineiro, para ter conhecimento do que é público. O mesmo é hoje um “preso político” em pleno regime democrático encarcerado por aqueles que ele denunciou e comprovou como praticantes de graves crimes. Existem inclusive integrantes da própria Polícia Civil de Minas Gerais que asseguram que dificilmente o mesmo será solto. Outros que chegam ao extremo de afirmar que está demorando, para que o mesmo seja “executado”.

A inverdade contida na matéria é tamanha que o ex-deputado federal José Carlos Aleluia, citado como um dos prejudicados pela suposta falsificação de sua assinatura perdeu perante o Tribunal de Justiça de Minas Gerais uma ação ajuizada contra Nilton Monteiro por calúnia. A decisão fundamentou-se no fato da “Lista de Furnas” ter sido periciada e considerada autêntica pela Polícia Federal. Não é crível que a revista tenha publicado uma matéria de tamanha importância que mereceu inclusive ser a capa da edição sem antes realizar uma rigorosa pesquisa.

Este comportamento expõe sua credibilidade o que levanta suspeita e gera críticas de que a mesma foi utilizada pelos tucanos como instrumento para execução de uma velha estratégia política: “A melhor defesa é o ataque”. Já é público que haverá desdobramentos em relação a “Lista de Furnas”, principalmente junto ao Supremo Tribunal Federal, ao qual integra o ministro Joaquim Barbosa citado oportunamente na matéria.
Embora publicada como reportagem, a matéria é facilmente reconhecida como uma entrevista de Tucanos e Democratas envolvidos na lista de Furnas. As afirmações, embora apresentadas como texto jornalístico, contêm a versão sobre a Lista de Furnas já apresentada por integrantes de ambos partidos. Inclusive em diversas peças processuais no judiciário.

Em Minas Gerais, berço dos principais envolvidos na “lista de Furnas”, inclusive do autor da mesma apontado pela Polícia Federal estes fatos são mais conhecidos ampliando as suspeitas levantadas contra a revista. Segundo políticos mineiros, a reportagem é apenas mais um passo dentro do esquema montado na tentativa de desacreditar a famosa lista.

Diversos veículos da mídia mineira, até mesmo aqueles sabidamente mais próximos do Palácio da Liberdade ocupado há décadas por tucanos envolvidos na citada “Lista de furnas”, procurados para publicarem matéria idêntica na tentativa de justificar a prisão de Nilton Monteiro se recusaram. A respeito desta prisão, Novojornal já publicou uma série de matérias, disponibilizadas abaixo.

Este comportamento pode ser creditado ao peso na consciência de parte da imprensa mineira do fato de ter abandonado a pauta da prisão de Nilton Monteiro. Embora ao dono de um grande grupo editorial local interesse a prisão de Monteiro. Hoje, quase dois meses após sua detenção, ainda não foi apresentada qualquer prova que justifique sua prisão. Ao contrário, a exemplo do tempo da inquisição, os detentores do Poder o isolaram querendo que ele permaneça no “calabouço”.

Porém, como se a redimisse do equívoco e das comprovadas contradições da matéria, um benefício ela trouxe. A mídia nacional tomou conhecimento da necessidade de uma cobertura maior e responsável sobre o que está por traz da prisão de Nilton Monteiro. Diminuindo a possibilidade de ele permanecer indefinidamente como “Preso Político”, ou que seja assassinado em seu cárcere.

Alguns juristas afirmam que por cautela se realmente existir motivos para ele continuar preso que o mesmo seja transferido para um presídio sob a guarda Federal. O Governo de Minas deveria ser o primeiro a defender este posicionamento, conclui. É importante que o Brasil saiba que é extremamente perigoso viver atualmente em Minas Gerais, principalmente discordando dos atuais detentores do Governo do Estado.

A OAB, as Igrejas, os Sindicatos, movimentos e a comissão de direitos humanos da Assembleia, além do Ministério Público presenciam tudo calados. Novojornal não defende de maneira antecipada que Nilton Monteiro seja inocente. Quer e deve mesmo destoando do restante da imprensa assegurar ao mesmo o direito de defender-se. Não compactuaremos mesmo que por omissão com o que está ocorrendo. No passado, comportamento igual ao adotado atualmente pela imprensa possibilitou que diversos brasileiros inocentes permanecessem presos e fossem torturados, a exemplo da atual Presidente da República.

Documentos que fundamentam a matéria
Cópia do auto de apreensão pela Polícia Federal da “Lista de Furnas”
Cópia da perícia realizada pela Polícia Federal na “Lista de Furnas”


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