Fonte: Novo Jornal
Por Geraldo Elísio
“Os canalhas também envelhecem” – Frase escrita em porta de mictório de botequim
Itamar Franco se traveste politicamente. Ora é oposição. Ora é situação. Para mim o que ele é mesmo é oportunista, deslumbrado com o brilho e o fascínio de qualquer palácio para onde aponte o seu topete.
A sua trajetória política já está ficando “manjada”. Alguém já se deu ao trabalho de pensar quanto custa Itamar Franco para os cofres estaduais? Ele mesmo deveria expor quanto é o seu custo para o bolso dos brasileiros.
Demagogo, ranzinza, no topo do Poder, Itamar, também conhecido como “O Galã do Paraibuna” ou “O Fantasma da Rua Halfeld”, se incomoda se é procurado por alguém. Se não é procurado, igualmente se sente ofendido.
Trair é a “praia” desse político “que foi tudo sem nada ter feito para merecê-lo”, como certa vez desabafou o doutor Renato Azeredo, um dos mais competentes e sérios políticos da safra de homens públicos de altíssimo gabarito que Minas Gerais produziu.
Retentivo – Freud explica – julgando-se ungido, mesmo tendo sido tudo que a carreira política pode oferecer a um candidato, sempre se beneficiou de situações inusitadas para chegar até o Poder. Nascido a bordo de um “Ita“ em águas baianas, só entende palácios como cais.
Abraça os desafetos, como Judas beijou Cristo no Monte das Oliveiras. Pouco se importa com o que deles tenha dito antes, o que realmente os faz melhores do que ele. Itamar Franco é uma espécie de Denorex. Ou seja, parece, mas não é. Obviamente sem ofensas ao desodorante.
E uma coisa que pouca gente deve saber: pelo seu comportamento com os seus adversários de quem diz horrores e depois vai abraçá-los, no mínimo deve ser “o muso” inspirador dos compositores Nilton Lamas e Antônio Bueno, autores da música “Entre Tapas e Beijos”, que foi um dos maiores sucessos da dupla Leandro e Leonardo.
Falso nacionalista e com uma roda estranha de amigos, tem em seu currículo passagens que vão da sorte extrema à traição de Fernando Collor de Mello, passando pelo escândalo com a modelo Lilian Ramos, no sambódromo da Marques de Sapucaí.
E de novo empesta os ares políticos de Minas Gerais, segundo o poeta Drummond de Andrade, “apenas um retrato na parede”.
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